ARTIGO

Unha verde – o que pode ser?

As unhas funcionam como um indicador de saúde, ou seja, quanto mais lisas e sem manchas, mais saudável está o corpo. Portanto, é imprescindível dar mais atenção a quaisquer sinais de anormalidade, principalmente pela possibilidade de ser algo mais sério. 

A unha verde, por exemplo, pode ser algo simples, como uma micose, mas também sinalizar uma condição mais grave. Por isso é necessária a consulta com dermatologista ou clínico geral ao notar qualquer mudança na coloração ou estrutura que não seja causada por uma batida (trauma físico). 

No post de hoje vamos ajudar você numa possível identificação de anomalias nas unhas, o que vai ajudar no diagnóstico juntamente com o profissional. Acompanhe. 

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Infecção fúngica (onicomicose)

A onicomicose é uma infecção causada por fungos que alteram a coloração natural, formato e textura das unhas. Geralmente, acomete as unhas dos pés. Como resultado apresentam um aspecto mais grosso, deformado e esverdeado (em alguns casos amarelado). 

A maioria das doenças de unhas são causadas por fungos e sua recorrência é maior nos pés devido ao aumento da temperatura, proximidade a áreas úmidas, uso de sapato apertado, mas também pode ser causada por uso de alicates e outros utensílios de manicure/pedicure contaminados, uso de luvas, entre outras condições. 

Normalmente as infecções acometem a parte de baixo da unha, mas também podem acometer a parte de cima e sua raiz (com menos frequência). Há degradação porque na maioria dos casos a queratina que envolve a unha serve de alimentos para os fungos. 

A onicomicose é causada por diferentes tipos de fungos, das seguintes classes: 

Dermatófitos (tricófitos)

Esses fungos causam micoses superficiais, caracterizadas por lesões secas, na maioria das vezes indolor, com início na borda livre da unha.

Favus

Essa classe de fungos se manifesta nas unhas das mãos, também se aloja no couro cabeludo e como o portador coça, elas contaminam as unhas. Além da cor verde, também proporciona um aspecto semelhante ao de um favo de abelha.

Bastonicetos

Os bastonicetos são os mais graves, uma vez que a lesão causa dor na raiz da unha. É comum que a pele ao redor da unha se separe, afastando-a do seu leito ungueal. Em sinal de defesa, o organismo produz pus. Afeta principalmente adultos que exercem trabalhos com água sem usar luvas.

Os fungos podem ser tratados com antifúngicos em forma de comprimidos orais, esmalte ou pomadas prescritos pelo dermatologista ou clínico geral. Os mais comuns são o Fluconazol ou o Itraconazol. 

Outra alternativa é o laser, especialmente indicado para onicomicose crônica (quando surge com frequência). O feixe de luz do laser elimina o fungo completamente, sendo a técnica mais eficaz para tratar as infecções. 

Síndrome da unha esverdeada

Também chamada de síndrome da unha verde, essa condição ocorre devido à infecção de bactérias, sendo a mais comum a Pseudomonas aeruginosa. Acomete pessoas cujas mãos ficam submersas na água com frequência. Também está associada ao uso frequente de detergente ou sujeira nas unhas.

Manifesta-se como uma tênue descoloração da unha, tornando-a esverdeada, ou como listras verdes transversais, resultado de infecções intermitentes. As unhas ficam esverdeadas por conta da secreção de pigmentos, resultado da ação da bactéria, que pode vir acompanhada de perda da sensibilidade ao redor da unha afetada, vermelhidão e inchaço. 

O diagnóstico diferencial da onicomicose é feito por meio de análise clínica, exame físico da unha, coloração de Gram ou raspagem da unha para análise de cultura bacteriológica para identificar se há bactérias presentes. 

O tratamento varia conforme a gravidade da infecção, bem como o tempo de manifestação. O mais simples é colocar a unha sobre uma solução de álcool e secar em seguida. Casos moderados são tratados com antibióticos tópicos (gentamicina, ciprofloxacina, bacitracina, sulfadiazina de prata ou outro), antibióticos orais e cremes anti-sépticos. Os casos mais graves exigem a remoção cirúrgica.  

Paroníquia

É um tipo de inflamação avermelhada ou esverdeada que se manifesta ao redor da unha. Geralmente tem início após a perda de parte da cutícula, seja pelo hábito de remover com alicate, seja por pequenas contusões ou ainda pela ação de agentes químicos (detergentes ou outros produtos de limpeza). Também é frequente em pessoas que fazem trabalhos com muito contato com a água.

A paroníquia pode levar a perda da cutícula, causada pela presença de microrganismos entre a unha e a pele, levando a inflamação da região. Quando acompanhada de bactérias, a infecção é esverdeada. 

O tratamento é feito por indicação do dermatologista após a análise da condição e varia conforme o agente e sua gravidade. O profissional indica desde antibióticos a antifúngicos e corticoide tópico, conforme a causa.

Casos mais graves exigem drenagem para aliviar a dor e, nos casos recorrentes, a alternativa é a cirurgia.

Prevenção da unha verde

É possível prevenir essas condições com ações simples:

Mantenha as unhas sempre cortadas, utilizando para isso utensílios como cortadores e tesouras esterilizadas;
Evitar traumas na unha;
Usar luvas impermeáveis ​​ou botas de borracha quando a função exige a exposição prolongada das unhas à água;
Deixe os sapatos em locais arejados e evite usá-los quando estiverem úmidos ou molhados;
Seque bem os pés após o banho.

Vale ressaltar que em qualquer sinal de alteração na cor natural das unhas, aumento de sua espessura normal, fragilidade, descolamento, deformidades, mau cheiro ou alteração na textura, procure um médico ou dermatologista com urgência. 

Unha verde pode ser algo mais simples e fácil de lidar, mas também pode ser mais complicado, principalmente se a procura por ajuda profissional for algo mais tardio. 

 

Juliana Toma Medica scaled
UM POUCO SOBRE A DRA.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP 156490 / RQE 65521

Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).

Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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