Remoção de tatuagem dói? Essa é uma das principais dúvidas de quem quer se submeter a algum procedimento de remoção. Em geral, os tratamentos caseiros são muito dolorosos, deixam cicatrizes e nem sempre removem ou clareiam o desenho da forma esperada, por isso devem ser evitados.
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Já os procedimentos feitos em consultório dermatológico, nem sempre são dolorosos. Existem diferentes métodos de remoção de tatuagem e o grau de dor vai depender justamente desse método, a tolerância à dor do paciente, se ele seguiu corretamente as orientações do dermatologista, entre outros pontos. Continue lendo o post e entenda mais.
Remoção de Tatuagem com Laser
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Centro de Dermatologia – São Paulo – SP
Os principais métodos para remoção de tatuagem
Entre os mais comuns estão:
Laser
A terapia mais eficiente para remoção de tatuagem é o laser. Trata-se de um método que utiliza tecnologias como Spectra, Ruby, Yag, Alexandrite e suas variações. Em ambos a mecânica é a mesma: o aparelho produz um tipo de luz altamente energizada que cria um espectro radiante em toda a superfície da área a ser tratada.
A tinta da tatuagem é depositada na pele de tal forma que os macrófagos não conseguem destruir o pigmento. Esse espectro atinge de forma segmentada o pigmento de tinta, quebrando-o em pedaços bem menores, permitindo que os macrófagos fagocitem o que restou dos pigmentos, o que não conseguiam antes.
O laser dói?
Em geral, o laser pode gerar desconforto durante a aplicação, uma sensação semelhante à ardência. A intensidade desse desconforto varia de acordo com a sensibilidade da pessoa, se está passando por estresse, ciclo menstrual ou se apresenta muita sensibilidade na pele. Algumas regiões também tendem a ser um pouco mais dolorosas, como virilha e axila.
Para reduzir o desconforto, o dermatologista pode aplicar pomada anestésica antes das sessões.
O pós-procedimento geralmente faz com que a pele fique vermelha e irritada, mas também depende da sensibilidade da pessoa e do tipo de laser. É algo passageiro, que desaparece em poucos dias, com auxílio de pomada cicatrizante e hidratantes prescritos.
Em resumo, tanto o processo de remoção, quanto o pós-procedimento doem menos que a agulha da tatuagem no momento da execução do desenho.
Cirurgia
A remoção cirúrgica da tatuagem é baseada na excisão do tecido com o pigmento, em outras palavras, a pele com a tatuagem é retirada e costurada. Se a área for muito grande, pode ser necessário algum enxerto com pele de outra região.
É um procedimento relativamente simples e rápido, com duração entre 30 minutos e 1 hora e 30 minutos. Para realizá-lo, o dermatologista ou cirurgião plástico usa apenas bisturi, anestesia e sutura.
Foi o método mais usado por muito tempo, principalmente antes da popularização do laser. Entre as principais desvantagens está a cicatriz no local.
A cirurgia dói?
Durante o procedimento o paciente não sente qualquer dor devido à anestesia. Nesse momento, ele fica totalmente relaxado e confortável. Após o efeito passar (já depois de realizado o procedimento), ele pode sentir alguma dor ou desconforto, que passa com creme anestésico receitado pelo médico.
A grande desvantagem da cirurgia é justamente por ser um procedimento cirúrgico, dessa forma, existem alguns cuidados a serem seguidos para evitar infecções, que podem sim ser dolorosas e mais sérias.
O local precisa ser higienizado com água corrente e sabonete neutro de duas a três vezes ao dia. Os curativos também devem ser trocados geralmente duas vezes por dia e é necessário o uso de pomada cicatrizante.
Peeling e dermoabrasão
Ambos os métodos agem sobre as camadas superiores da epiderme e assim novas camadas ocupam o lugar da pele com o pigmento.
No peeling esse efeito esfoliante ocorre com a aplicação de uma substância ácida, como ácido retinóico, ácido acetilsalicílico ou outro. Sua ação dura em média de 10 a 15 minutos em cada sessão e o número varia de acordo com o tamanho do desenho, cicatrização e como o organismo se comporta com o ácido.
A dermoabrasão usa um aparelho físico ou lixas no intuito de descamar a pele e assim retirar o pigmento junto.
Peeling e dermoabrasão dóem?
Sim, os dois estão entre os métodos mais dolorosos, tanto durante as sessões, quanto no pós-procedimento. Inclusive o grau de dor é superior ao de fazer a tatuagem. O pós-tratamento é crítico, com a possibilidade de infecções, que podem prolongar o processo de cicatrização.
Além disso, há uma grande desvantagem que é a possibilidade de ficar uma cicatriz ou mancha, maior e mais feia que o desenho em si.
Dúvidas frequentes
Agora vamos a algumas perguntas relacionadas à remoção de tatuagem, principalmente aos estímulos na pele.
Qual o método mais doloroso e o menos doloroso?
O método mais doloroso é a dermoabrasão e o peeling, enquanto o laser se mostrou o menos doloroso, inclusive no pós-tratamento.
Qual método possui o pós-procedimento mais simples?
O laser exige menos cuidados em relação aos procedimentos dermatológicos de remoção de tatuagem. Basta apenas aplicar a pomada receitada pelo dermatologista, evitar exposição ao sol e exercícios físicos nos primeiros dias após a sessão.
Qual o método mais eficiente?
Tanto em relação aos resultados, como desconforto, o laser mostrou-se a melhor opção. A desvantagem aqui está no custo, um pouco mais elevado em relação aos demais.
Posso perder a sensibilidade na área com a remoção da tatuagem?
Seguindo as orientações do dermatologista, antes, durante e depois do procedimento, dificilmente o paciente terá algum efeito colateral grave. Agora métodos caseiros ou feitos por pessoas que não são profissionais podem trazer consequências sérias, como cicatrizes, manchas e queloides.
Métodos caseiros dóem muito?
A maioria dos métodos caseiros, como sal, limão e mel são baseados na dermoabrasão da região para a retirada das camadas. Além de ser doloroso, a resultado nem sempre é satisfatório, portanto qualquer método caseiro deve ser evitado ao máximo.
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
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Dra. Juliana Toma
Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).
Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA
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