Sua pele está coçando e você não sabe o motivo? O prurido na pele é o termo médico para a coceira e geralmente é um sintoma de uma condição ou doença. Dependendo da sensibilidade do indivíduo, o prurido pode gerar um grande desconforto, de modo que alguns pacientes chegam a se ferir ao tentar se coçar para aliviá-lo.
Ocorre que o prurido, muitas vezes, vem acompanhado de outros sintomas como irritação da pele, vermelhidão, descamação, lesões, etc.
Continue lendo o post, entenda mais sobre as características do prurido, quais as possíveis doenças em que ele é sintoma e como aliviar o desconforto. Acompanhe!
O que é prurido na pele?
O prurido é um sintoma caracterizado por coceira e formigamento, muitas vezes acompanhado de escoriações que podem inflamar, apresentar degradação cutânea e lesões secundárias. Em casos extremos a pele pode ficar liquenificada (mais grossa) e descamativa.
Essa sensação é causada por uma série de estímulos, a exemplo do toque na pele, toque em determinados agentes, mediadores químicos, entre outros produtos que causam sensação de coceira.
A fisiopatologia do prurido ocorre pela ação de neurônios sensoriais periféricos que geram a sensação de coceira. Esses neurônios são formados pelo receptor MrgA3, que quando estimulado causa a sensação de prurido. É um neurônio diferente daqueles que respondem ao tato ou a dor.
O prurido intenso estimula o ato de coçar, que por sua vez pode causar manifestações cutâneas secundárias (lesões, infecções, escoriações e inflamações), que muitas vezes, também levam ao rompimento da barreira cutânea.
O ato de coçar reduz de forma temporária a sensação de prurido devido à ativação dos circuitos neurais inibidores, que também podem ampliar a sensação de prurido a nível cerebral, ampliando o ciclo e o ato de coçar. Em outras palavras, quanto mais coça, mais dá vontade de coçar.
O prurido ocorre por quatro catalisadores, são eles:
- Dermatológico: esse catalisador é geralmente causado por processos inflamatórios ou patológicos, a exemplo da urticária e eczema;
- Sistêmico: esse catalisador está associado a doenças de outros órgãos que não estão relacionados diretamente com a pele, a exemplo da colestase;
- Neuropático: esse catalisador está associado a doenças do sistema nervoso central ou sistema nervoso periférico, a exemplo da esclerose múltipla;
- Psicogênico: esse mecanismo está relacionado com transtornos psiquiátricos.
Quais doenças podem causar prurido na pele?
O prurido é mais comum em pacientes com idade elevada, geralmente idosos, pois sua pele é mais sensível, no entanto, pode ocorrer em pessoas de qualquer faixa etária. Está associado a diferentes causas, das quais podemos destacar:
Doenças cutâneas
Muitas doenças cutâneas causam prurido. As mais comuns são:
- Xerose (pele seca) – xerose é o termo médico para pele seca, causada principalmente pela falta de água que a pele precisa. Está associada ao envelhecimento, falta de hidratação correta, exposição ao sol sem proteção ou por condições subjacentes, como diabetes.
- Dermatite atópica (eczema) – é uma condição crônica e hereditária caracterizada pela irritação da pele. É capaz de causar inflamação da pele, levando ao prurido e lesões. Não se sabe a causa exata, não é contagiosa e costuma ocorrer entre pessoas da mesma família.
- Dermatite de contato – é a chamada alergia ao contato de determinados agentes considerados como invasores pelo organismo. Geralmente são produtos químicos, bijuterias, cosméticos, entre outras substâncias.
- Infecções fúngicas – são infecções isoladas causadas por fungos, que afetam uma só área ou muitas áreas do corpo (chamadas sistêmicas). Geralmente são controladas pelo organismo, mas quando o sistema imunológico está enfraquecido, esse controle é alterado, dando origem às infecções.
- Urticária – é um tipo de irritação cutânea desencadeada pela ingestão de determinados alimentos, medicação ou outros agentes irritantes. Além do prurido, os sintomas incluem vermelhidão, vergões salientes e dores.
Doenças sistêmicas
O prurido pode surgir com ou sem lesões na pele, quando não há lesões aparentes, é preciso considerar alguma doença sistêmica, que embora seja menos frequente em relação às doenças cutâneas também precisa de atenção. As mais comuns são:
- Anemia – é uma condição em que a quantidade de hemoglobina no sangue está abaixo do normal devido a carência de um ou mais nutrientes, como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Além de fraqueza, sonolência, dores musculares, a anemia também causa prurido.
- Colestase – é uma condição em que há a diminuição ou interrupção do fluxo biliar e como consequência afeta o fígado. Um dos sintomas comuns é o prurido.
- Diabetes – a diabetes é uma doença crônica em que há o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Pode levar a problemas de pele, como hiperpigmentação, pele seca e frágil, e como consequência, o aumento do prurido.
- Nefropatia crônica – é uma das consequências da diabetes, pressão alta ou problemas nos rins. Um dos sintomas é o prurido.
Também são causas de prurido na pele:
- reações alérgicas a produtos químicos, picada de inseto, tecidos ásperos irritantes, etc;
- queimadura solar;
- ferida ou machucado que está cicatrizando;
- problemas no rim ou no fígado;
- menopausa;
- mudanças no ciclo menstrual;
- determinados medicamentos.
Como o prurido é diagnosticado
Inicialmente, o médico dermatologista vai fazer uma pequena entrevista com o paciente, avaliar seus hábitos e histórico dos sintomas: quando começou, localização inicial, duração, se houve evolução, se o paciente toma alguma medicação, entre outros pontos que melhoram ou pioram o quadro do prurido.
Em seguida vai avaliar as lesões para identificar a presença, extensão, aparência e se há sinais de lesões secundárias. Se for necessário será solicitado exame para identificar a natureza das lesões.
Tratamento
O tratamento do prurido na pele vai depender de suas causas. Se for algo simples, as terapias mais comuns incluem pomadas, cremes tópicos, medicamentos ou apenas o uso de cosméticos com ureia e outras substâncias que aumentam a hidratação cutânea.
Geralmente são recomendados anti-histamínicos, que inibem a ação dos neurônios sensoriais periféricos. Além deles, o médico pode receitar outros mediadores, como neuropeptídeos e opioides.
Quando procurar um médico?
O prurido em si não é algo grave e pode ser tratado com terapias simples. O problema maior ocorre quando ele é um sintoma de uma doença, como foi possível evidenciar no post.
Por isso, é importante consultar o dermatologista quando a coceira aumenta ou quando está acompanhada de sintomas como vermelhidão, protuberâncias, feridas, lesões, descamações, erupções cutâneas e outras manifestações.
Quanto mais cedo for feita a consulta, mais rápida é a identificação da causa e administração do tratamento adequado.
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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