Prednisona dá Sono?

É muito comum que as pessoas pratiquem a automedicação, não só no Brasil, como no mundo todo. Isso acontece por conta da praticidade de não ter que consultar um médico. No entanto, este hábito pode causar graves problemas para os pacientes. Dentre os medicamentos que costumam ser utilizados sem prescrição médica, está o grupo dos medicamentos corticoides.

Um dos remédios corticoides mais populares é a Prednisona. Este medicamento pode ser utilizado para o tratamento de diversas doenças.

No entanto, como a prednisona é utilizada para tratar problemas alérgicos, os pacientes costumam ter receio sobre seus efeitos colaterais, como se causam sono.

Confira abaixo se a prednisona dá sono.

O que é a prednisona

É um medicamento do tipo corticoide, que são hormônios produzidos naturalmente pelas glândulas suprarrenais. Dentre suas funções, os corticoides são responsáveis pela regulação do metabolismo. Por conta disso, em alguns casos é necessário a ingestão de corticoides sintéticos para amenizar certas doenças.

Para que serve a prednisona?

Este medicamento é indicado para o tratamento de doenças endócrinas, ósseas e musculares, além de poder ser utilizada no tratamento de doenças autoimunes, dermatológicas ou oftalmológicas, doenças dos pulmões ou sangue, e até para tumores.

Mais especificamente, a prednisona pode ser utilizada no tratamento de:

  • Leucemia.
  • Trombocitopenia idiopática
  • Anemia hemolítica adquirida
  • Cardite reumática aguda
  • Dermatomiosite
  • Tratamento do Lúpus eritematoso sistêmico
  • Dermatite esfoliativa
  • Micose fungoide
  • Dermatite seborreica
  • Psoríase grave 
  • Úlcera alérgica marginal da córnea
  • Herpes-zoster oftálmico
  • Irite
  • Neurite óptica
  • Tireoidite não supurativa
  • Hiperplasia adrenal congênita

Prednisona dá sono?
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Como você pode notar, este medicamento é útil para o tratamento de diversas doenças. Por isso, é tão popular. No entanto, o médico sempre deve ser consultado para saber se o seu problema de saúde pode utilizar prednisona como tratamento, qual a dosagem adequada e período de tratamento.

Como a prednisona atua no organismo

Este medicamento age após 1 hora após a administração. No entanto, o período de tratamento irá depender da doença a ser tratada e da resposta do paciente.

Efeitos colaterais

Como qualquer outro medicamento, a prednisona pode causar efeitos colaterais. Dentre eles, podemos citar:

  • Alterações na pele: vermelhidão, sudorese, dermatite alérgica, urticária e inchaço.
  • Alterações ósseas e musculares: fraqueza muscular; perda de massa muscular, fratura de ossos e osteoporose.
  • Alterações no estômago e intestino: distensão abdominal, esofagite ulcerativa, perfuração ou hemorragia no estômago.
  • Alterações no sistema nervoso: convulsões, tontura, cefaleia, aumento da pressão dentro do crânio.
  • Alterações nas glândulas: irregularidades menstruais, redução da tolerância à carboidratos, supressão do desenvolvimento fetal ou infantil, e diabetes mellitus;
  • Alterações nos olhos: como aumento da pressão dentro dos olhos, glaucoma, visão turva, e catarata.
  • Alterações hidroeletrolíticas: retenção de sódio, perda de potássio, aumento do pH sanguíneo, aumento da pressão arterial, retenção de fluídos, níveis baixos de potássio, insuficiência das funções do coração em pacientes sensíveis.

Caso o paciente apresente qualquer um dos sintomas acima, deve-se suspender o uso e contatar imediatamente o médico.

Mas o que todos querem saber é, prednisona dá sono?

Como visto no tópico anterior, a bula da prednisona não indica que este medicamento cause sono. Mas, como é um tratamento a base de hormônio sintético, ela pode, em alguns casos, provocar alterações no sono, como provocar insônia ou sono em excesso.

alterações no sono
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Grupos de risco

Como qualquer outro medicamento, algumas pessoas não devem tomar Prednisona. Dentre eles, mulheres grávidas e lactantes e pessoas que apresentem alergia a qualquer componente da fórmula não devem ingeri-lo.

É importante mencionar também que a prednisona não é recomendada para tratamento de doenças causadas por infecção fúngica.

Advertências e Precauções

O uso prolongado da prednisona pode causar enfraquecimento do sistema imune, podendo levar ao aparecimento de novas infecções. Além disso, pode causar catarata subcapsular posterior (especialmente em crianças), glaucoma com risco de lesão do nervo óptico e aumento do risco de infecções secundárias nos olhos por fungos ou vírus.

A prednisona pode também levar ao aumento da pressão arterial, retenção de sal e água e aumento da perda de potássio. Por isso, o médico poderá recomendar uma dieta com pouco sal e suplementação de potássio, durante o tratamento.

Antes de iniciar o tratamento com algum remédio, o médico deve ser informado  caso exista histórico de doença como colite ulcerativa inespecífica, diverticulite, cirurgias intestinais recentes, úlcera no estômago ou no duodeno, insuficiência renal, pressão alta, osteoporose e miastenia gravis.

Super dosagem: O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada?

No caso de se tomar dose superior à indicada, podem ocorrer reações adversas como retenção de líquidos que leva ao inchaço das pernas, aumento da pressão arterial, tontura, dor de cabeça, aumento dos níveis de açúcar no sangue e aumento da pressão no interior dos olhos.

Caso isto aconteça, deve-se ir urgentemente para o hospital e consultar um médico com urgência.

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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