Também conhecida como onicomicose a micose de unha é um problema que atinge várias pessoas, principalmente os adultos mais velhos.
Ela acomete mais os dedos dos pés, mas também pode ocorrer nas mãos.
A boa notícia é que a micose de unha tem tratamento.
Porém, é importante alinhar expectativas.
Assim como a onicomicose se desenvolveu gradualmente ao longo de vários meses ou anos, não é provável que a cura seja alcançada da noite para o dia.
Na verdade, especialmente para infecções das unhas, o tratamento pode levar vários meses.
As unhas com onicomicose ficam com uma cor diferente, podem ficar espessas, com uma massinha de baixo da unha, com odor fétido, muitas vezes a unha se desprende do leito ungueal e ficam ocas, podem ficar deformadas e doloridas.
Se você reparou alguma modificação na sua unha fique atento e procure um médico, não deixe sua unha com micose.
O que é a micose de unha?
A micose da unha, também conhecida por onicomicose, é uma infecção da unha por fungos.
O que causa a micose de unha?
O principal fungo responsável pela micose de unha é o dermatófito, que está presente no ambiente, principalmente em áreas úmidas, quentes e escuras.
A micose de unha é mais frequente nas unhas dos pés do que nas mãos, porque os sapatos são considerados ambientes ideias para o crescimento dos fungos.
Neste sentido, ficar o dia inteiro com sapatos fechados, principalmente em dias quentes, pode piorar o problema. Procure usar sapatos mais arejados e meias com tecidos de algodão e natural que permitam o pé transpirar.
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Como se pega a micose de unha?
Os fungos podem estar presentes na superfície de banheiros, vestiários, piscinas públicas, onde muitas pessoas circulam descalças.
Outra fonte de contágio é o uso de lixas e cortadores de unhas contaminados.
Por isso é muito importante não andar descalço em lugares públicos, não compartilhar toalhas e utensílios de higiene pessoal.
Outros fatores de risco
A micose de unha é mais comum em pacientes com diabetes melitos, doença vascular periférica, doenças imunológicas, HIV, paciente em uso de medicações imunossupressoras.
Como saber se estou com micose de unha?
Os primeiros sinais de que a unha está infectada é a alteração da cor da unha, podendo apresentar uma mancha branca ou amarela, por vezes escurecida.
À medida que a infecção fúngica se aprofunda, o fungo pode fazer com que suas unhas se desprenda do leito ungueal, fique grossa e esfarele.
Pode acontecer de produzir um odor ruim.
Algumas vezes o paciente sente dor e pressão na região.
Classificação
A micose pode atingir a unha em três formas diferentes, na borda da unha, na base e na superfície e assim pode ser classificada em 3 tipos:
Onicomicose subungueal distal
Está é a apresentação mais frequente, a micose começa na ponta da unha, podendo atingir a unha inteira.
Onicomicose subungueal proximal
Esta apresentação é a menos frequente, a micose começa na cutícula, indo em direção a ponta da unha. Esta categoria de apresentação é mais comum nos pacientes imunossuprimidos, como os transplantados ou com HIV.
Onicomicose superficial branca
Acomete a superfície da unha, deixando-a branca, quebradiça, áspera.
Se você reparou alguma modificação na sua unha fique atento e procure um médico, não deixe sua unha com micose.
O problema pode se espalhar para as outras unhas e em alguns casos a unha pode até cair.
A micose de unha melhora sozinha?
As infecções fúngicas das unhas não desaparecem por conta própria e, se não forem tratadas, o fungo se espalhará e poderá destruir a unha.
Como prevenir
Você precisa ter alguns cuidados para prevenir a doença, já falamos aqui as formas de contrair o fungo e por isso você deve evitar andar descalço principalmente em locais úmidos. Mas essas não são as únicas formas de prevenir, se você já teve o problema precisa ficar com a atenção redobrada, por isso:
- Evite sapatos muito apertados;
- Use meias de 100% algodão;
- Lave muito bem os pés e seque todos os dedos;
- Use sempre um chinelo ou sandália quando frequentar piscinas ou banheiros públicos;
- Nunca compartilhe materiais de manicure;
- Utilize luvas impermeáveis para lavar roupas, piso, louça ou outras coisas que exigem contado com água;
- Não roa as unhas e não compartilhe lenços e toalhas com outras pessoas;
- Use esmalte que contém a proteção anti-micose.
Esses são alguns cuidados que você deve ter, se você prestar atenção e tomar todos esses cuidados a chance de ter micose de unha diminuir drasticamente.
Como tratar micose de unha
O tratamento da onicomicose é um desafio, muitas vezes trabalhoso e demorado. E mesmo que o tratamento seja bem-sucedido, o fungo nas unhas costuma voltar.
Vale lembrar que a unha doente muitas vezes não volta ao normal.
Conforme a unha vai crescendo e sendo cortada, a unha doente vai ficando menor até sair completamente.
Por este motivo, o tratamento da micose de unha é longo, cerca de 6 meses a 1 ano, visto que depende do ritmo de crescimento da unha.
O tratamento visa o crescimento saudável da unha nova.
Se você não tratar a micose de unha, o fungo contamina a unha nova, que fica comprometida desde a base.
Tratamento tópico
Existem formulações na forma de creme, solução, gotas, ‘spray’ e esmalte que devem ser aplicadas sobre a unha comprometida.
No entanto, esses medicamentos tópicos têm uma eficácia pobre, com taxas de cura de até 30%, devido à sua incapacidade de penetrar toda a unidade ungueal e erradicar a infecção.
A grande limitação desse tratamento é a absorção do remédio, visto que a unha é dura e espessa.
Os resultados podem ser melhores se for associado ao tratamento via oral, como adjuvante.
Tratamento mecânico
São eficazes principalmente como adjuvantes da terapia tópica, que incluem avulsão e abrasão das unhas.
Lixar a superfície da unha antes de aplicar o remédio tópico aumenta a absorção do medicamento.
Atualmente existem Lasers e dispositivos baseados em energia que também têm sido usados para o tratamento de onicomicose; são consideradas opções para melhorar a aparência estética das unhas.
Hoje em dia estuda-se muito a terapia combinada, isto é, utilizam-se os ‘lasers’ para melhorar a penetração de tratamentos antifúngicos tópicos.
Tratamento químico
A avulsão química é um método de desbridamento indolor que usa uma fórmula de queratolíticos que pode ser eficaz em doenças limitadas e nos estágios mais iniciais.
Tratamento sistêmico via oral:
É o tratamento padrão ouro, que fornece os melhores resultados.
Porém, podem ter efeitos colaterais e interações medicamentosas. Sendo necessário acompanhamento médico e realização de exames laboratoriais seriados, principalmente da função hepática.
Normalmente indica-se o remédio por boca quando houver o comprometimento de mais de 50% de uma unha ou quando houverem mais de uma unha comprometida.
Por quanto tempo preciso ficar tratando?
O tempo de tratamento vai depender de cada caso, geralmente ele demora o tempo da unha crescer o suficiente para eliminar o fungo totalmente.
O tempo de crescimento da unha pode diferir de pessoa para pessoa e o tanto que precisa crescer também, por isso é difícil definir o tempo necessário de tratamento
Porque o tratamento não resolveu?
Apesar do número de tratamentos disponíveis, nem todos os pacientes com onicomicose são curados.
Alguns fatores podem explicar a falta de resposta à terapia, como não adesão ao tratamento, diagnóstico incorreto ou doença avançada.
Alguns fatores que contribuem para uma resposta fraca ou não resposta ao tratamento são listados a seguir:
Problema de diagnóstico
Pode ser que o problema da sua unha não seja de micose, mas de outra causa de distrofia ungueal. Existe a possibilidade de coexistência de duas doenças de forma simultânea, uma doença mista (por exemplo, onicomicose associado a psoríase). Nestes casos só o médico dermatologista poderá dizer. Talvez seja necessário realizar outros exames. Procure um médico especialista.
Problema fúngico
A falha no tratamento pode ser porque os organismos que colonizam a sua unha são resistentes aos medicamentos
Doença das unhas que é difícil de tratar
- Presença de Dermatofitoma que é, uma massa de hifas e queratina necrótica abaixo da lâmina ungueal;
- Envolvimento da face lateral da unha;
- Doenças mais avançadas, com acometimento de mais de 50% das unhas afetadas;
- Presença de “pontas” que se estendem da unha distal à proximal;
- Hiperceratose subungueal maior que 2 mm
Característica ou condição do paciente
Pessoas idosas, com diabetes mellitus, imunossupressão, circulação periférica prejudicada tendem a responder pior aos tratamentos
Problema com adesão ao tratamento
- Abandonar o tratamento antes da hora;
- Dosagem incorreta da medicação;
- Doses perdidas
Minha unha voltou a ficar ruim, o que aconteceu?
A recorrência pode ser causada pela falta de cura micótica ou reinfecção, e a taxa relatada de recorrência clínica de onicomicose varia de 10% a 53%, independentemente do método de tratamento usado.
Para aqueles que parecem estar curados, a infecção recorrente é um risco, com uma série de fatores que aumentam a chance de recorrência.
Os fatores de risco incluem doença concomitante, fatores genéticos, imunossupressão, dosagem incorreta ou duração do tratamento, umidade, calçado oclusivo, idade avançada, higiene deficiente, tínea pedis e trauma.
Orientações importantes:
Para finalizar, a recorrência da infecção é muito comum.
Para evitar este tipo de problema é importante quebrar velhos hábitos e aprender hábitos novos e mais saudáveis para alcançar uma resposta terapêutica ideal e prevenir a reinfecção.
Neste sentido, é importante entender um ponto-chave: existe a necessidade de um cuidado adequado com as unhas e sapatos.
É importante usar sapatos largos, manter as unhas curtas e interromper uma série de comportamentos potencialmente arriscados (andar descalço em locais públicos, usar sandálias abertas, usar sapatos de outras pessoas e expor os pés ou as mãos a ambientes úmidos).
Utilizar pó ou ‘spray’ antifúngicos nos sapatos uma vez por semana para ajudar a manter os sapatos livres de patógenos.
Indivíduos com tínea pedis apresentam risco aumentado de onicomicose e podem precisar de instruções específicas para evitar seu desenvolvimento.
Se você está com micose de unha, lembre-se de procurar a ajuda de um médico para auxiliá-lo no tratamento. Assim você terá maior chance de sucesso. Se este texto te ajudou, compartilhe ou deixe seu comentário.
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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4 Comentários
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Muito bom doutora…
Me ajudou muito. Se eu morasse em São Paulo com toda certeza iria agendar uma consulta contigo…
É aquele velho ditado… “Quem sabe, sabe”. Parabéns Doutora Juliana! Artigo simples e direto no assunto. Fala com propriedade e de forma muito esclarecedor.
Grande abraço!
Sucesso.
Eduardo – Juiz de Fora-MG
* esclarecedora
Excelente artigo