Por vezes nos deparamos com algumas doenças de nomes muito incomuns. É o caso da notalgia parestésica. Também denominada de síndrome pruriginosa interescapular ou síndrome prurítica disestésica pela literatura médica, na linguagem popular essa doença é conhecida como “coceira da mãozinha”, que acomete pessoas de mais idade.
No entanto, até hoje os médicos não chegaram a um consenso sobre qual a causa dessa doença neuropática.
Acredita-se que haja predisposição genética, aumento da inervação cutânea local, neurotoxicidade por alguma substância química e por lesão do nervo espinhal devido a trauma crônico e/ou compressão por alterações degenerativas da coluna.
Confira abaixo o que é, como diagnosticar e como tratar essa doença.
O que é neuropatia?
Vamos começar esclarecendo o que é neuropatia. A neuropatia é uma doença que atinge o funcionamento dos nervos periféricos, podendo afetar tanto a parte de sensibilidade quanto os movimentos do corpo.
O que é parestesia?
A parestesia é caracterizada como alguma sensação cutânea subjetiva (ou seja, sensação de frio, calor, formigamento, coceira, agulhadas, adormecimento ou pressão) sem a necessidade de haver um estímulo exterior. Pode ocorrer caso algum nervo sensorial seja afetado, seja por contato ou pelo rompimento das terminações nervosas.
O que é notalgia parestésica?
Apesar do nome estranho e pouco conhecido, essa doença é bastante comum e, felizmente, benigna. A notalgia parestésica é uma doença que afeta a região cérvico-escapular, causando queimação, dor ou hiperestesia na região dorsal.
Essa síndrome geralmente afeta mulheres entre 50 e 60 anos, ainda que também possa ocorrer a partir dos 40 anos ou em pessoas ainda mais jovens que apresentem escoliose ou outras alterações na coluna vertebral.
Sintoma | Descrição |
---|---|
Dor queimante | Os pacientes podem sentir uma sensação queimante, geralmente localizada em uma área única do corpo. |
Formigamento | Os pacientes podem sentir uma sensação de formigamento ou agulhadas na área afetada. |
Entorpecimento | Alguns pacientes podem experimentar uma redução ou falta de sensação na área afetada. |
Parestesias | Os pacientes podem experimentar sensações anormais, como formigamento, formigamento, queimação ou entorpecimento na área afetada. |
Fraqueza muscular | Os pacientes podem experimentar fraqueza na área afetada, bem como dificuldade em mover a área afetada. |
Espasmos | Os pacientes podem experimentar espasmos musculares involuntários na área afetada. |
Movimentos dolorosos | Os pacientes podem sentir dor ao mover a área afetada. |
Sintomas
Dentre os sintomas causados por essa doença, destacam-se:
- Mancha hiperpigmentada de coloração arroxeada
- Acúmulo de prurido
- Dor muscular no pescoço
- Dor entre as escápulas
- Ardência
- Formigamento
- Dormência
Diagnóstico
Para fazer o diagnóstico correto, os médicos solicitam uma avaliação radiológica que orientará a respeito da localização e intensidade do processo de comprometimento das vértebras. Além disso, é fundamental avaliar o histórico do paciente. A grande maioria costuma apresentar histórico de artrite na família, hérnia de disco.
Em alguns casos, a notalgia parestésica pode estar associada à síndrome endócrina múltipla, principalmente em pacientes mais jovens.
Os exames laboratoriais requeridos para firmar diagnóstico são destinados à exclusão outros fatores que podem ter relação com a doença, como presença de doenças degenerativas, neoplasias e processos inflamatórios que afetem a coluna vertebral e a medula espinal.
Tratamento
Infelizmente, por ser um tipo de neuropatia, terapias convencionais com anti-histamínicos e corticosteroides tópicos, não costumam trazer resultados a longo prazo. Por isso, os médicos costumam recomendar uma associação de tratamentos, com fisioterapia e remédios tópicos.
A fisioterapia e osteopatia ajudam a aliviar a compressão ou distensão do nervo causada pela contração muscular, ou alteração da coluna vertebral, principalmente se houver alguma doença osteomuscular associada. Além disso, costumam ser recomendados alongamentos e exercícios para reforço da musculatura dorsal que sejam feitos diariamente.
Estudos apontam que a fisioterapia apresenta resultados mais duradouros do que o tratamento com medicamentos tópicos. Além disso, exercícios que corrigem a postura, e tratamentos para a osteoporose, são benéficos também para o tratamento da notalgia parestésica. No entanto, é padrão para o tratamento da notalgia parestésica uma associação entre o tratamento físico e o farmacológico.
No tratamento tópico, um dos medicamentos mais indicados é a Capsaicina 0,025% a 0,3%. No entanto, a capsaicina pode causar queimação logo após a aplicação. Caso o paciente sinta os efeitos colaterais graves, pode ser solicitado a troca do medicamento ou o uso de tópicos que aliviam a sensação de queimação.
Além disso, pode ser recomendado também a Tacrolimo 0,1% na versão em pomada, ou ainda uma combinação entre Lidocaína 2,5% + prilocaína 2,5% creme.
Para os pacientes que não tem bons efeitos após o tratamento tópico, pode ser utilizado opções de medicamentos orais, como a Gabapentina, Oxcarbamazepina ou Amitriptilina.
Além disso, existem outras opções de tratamento como:
- Neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS);
- Toxina botulínica;
- Fototerapia UVB de banda estreita;
- Acupuntura.
É importante ressaltar que somente o médico pode recomendar a melhor combinação de remédios e exercícios para o tratamento de notalgia parestésica e que o acompanhamento seja feito de perto por um profissional.
Exercícios para o tratamento de notalgia parestésica
Alguns exercícios para alongamento e fortalecimento que podem ser realizados são:
- Alongamento paravertebral torácico
- Elevação de ombros
- Rotação de ombros
- Alongamento posterior de ombros
- Massagem torácica
Recomenda-se que estes exercícios sejam realizados diariamente e com acompanhamento de um profissional. Quanto mais exercícios foram realizados, mais rápido é a melhora do paciente.
Clínica localizada na região dos Jardins em São Paulo
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Dra. Juliana Toma
Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).
Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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