A calvície feminina é um evento raro, principalmente quando comparada a proporção de casos de calvície masculina.
No entanto ela acontece, sendo uma das queixas mais frequentes entre as mulheres, onde cerca de 5% dos casos realmente podem ser considerados calvície feminina de fato.
Como a queda de cabelo é um dos sintomas mais comuns nas mulheres, a calvície feminina apresenta muitas dúvidas e questionamentos.
Neste artigo, você vai acompanhar as principais informações sobre o assunto, e quais são as causas para a calvície feminina.
Identificando a calvície feminina
Antes de mais nada, é preciso entender qual é a diferença entre calvície feminina e queda de cabelo.
De forma geral, é normal que uma pessoa perca entre 100 e 150 fios por dia, uma queda acima dessa quantidade sugere a ocorrência de algum distúrbio.
Dessa forma, encontrar muitos fios de cabelo no travesseiro, no notebook ou no banheiro é sinal de que alguma coisa não vai bem.
Neste caso, esses eventos possuem relação com a queda de cabelo, que é diferente da calvície feminina.
Esta é uma disfunção ocorrida de forma progressiva, através da manifestação de sintomas como a rarefação dos fios no topo da cabeça, não envolvendo a queda de cabelos.
Esta ocorrência é chamada de miniaturização dos fios e apresenta como principal causa, o afinamento progressivo dos cabelos.
A calvície feminina aumenta conforme a idade, onde entre 20 e 30 anos acomete apenas 3% da população.
Já em mulheres acima de 70 anos, prevalece em cerca de 30% dos casos. Por isso, caso perceba alguma alteração no crescimento e queda de cabelo, é necessário que uma avaliação seja feita.
Os motivos para ocorrência de calvície feminina são vários e envolvem desde alterações hormonais, até episódios de queda de cabelo generalizada ocorrida por má nutrição do bulbo capilar.
Mas atenção, a calvície feminina não está relacionada necessariamente à queda de cabelos em grande quantidade. Este quadro relaciona-se pelo afinamento gradual do folículo em certas regiões da cabeça.
Causas e como ocorre
Também chamada de alopecia androgenética, a calvície feminina ocorre por diversas causas como interferência genética, Síndrome do ovário policístico ou deficiências nutricionais.
No entanto, doenças como a sífilis, anemia, distúrbios tireoidianos e o uso de alguns medicamentos podem influenciar no surgimento da doença.
Tanto a calvície feminina quanto a masculina é o resultado da alteração hormonal no ciclo de vida dos fios de cabelo.
Essa alteração ocorre em decorrência de uma reação da testosterona com uma enzima, chamada 5-alfa-redutase.
Esta enzima é responsável por converter a testosterona em dihidrotestosterona (DHT). A DHT é o hormônio que causa a diminuição gradual dos folículos capilares e o consequente afinamento dos fios.
Portanto, a calvície feminina acontece quando existe alguma alteração nos receptores hormonais do DHT.
Processo de Queda
A calvície feminina acontece através de dois processos: a miniaturização dos folículos e a redução da fase anágena no ciclo de vida dos fios.
O ciclo de vida do cabelo envolve três fases. Na fase anágena os fios crescem por 3 a 4 anos. Na segunda fase, chamada catágena, acontece o repouso após o crescimento, durando cerca de duas semanas.
Por fim, a terceira fase chamada telógena é onde ocorre a queda natural dos fios. Porém, na calvície feminina, após o processo de queda, os fios perdem força, comprometendo os próximos ciclos de vida, que tem a sua fase de crescimento reduzida.
Este é o processo de queda do cabelo e como a calvície feminina surge.
Afinal, a Calvície Feminina tem cura?
Dependendo do grau, a calvície feminina tem tratamento. Nos casos menos graves, o tratamento é feito por meio de fármacos que controlam a ação da 5-alfa-redutase, impedindo a produção de DHT.
Além disso, tônicos são usados para estimular o crescimento capilar. Em contrapartida, nos casos mais graves, o tratamento para calvície feminina dura de alguns meses até alguns anos.
Em algumas situações, procedimentos cirúrgicos são a melhor solução. As mulheres contam com duas modalidades de tratamento: o tratamento clínico e o tratamento cirúrgico.
No entanto, para saber qual o tipo de tratamento mais eficaz é necessário consultar-se com um especialista.
Isso inclui não usar medicamentos sem indicação de um médico especialista, pois diversos medicamentos podem ser prejudiciais para o organismo feminino.
Por fim, o transplante e implante capilar são excelentes alternativas para diminuir os efeitos da calvície feminina na autoestima das mulheres.
Como é feito o Transplante e Implante Capilar
O implante capilar é uma técnica que consiste na inserção de cabelos artificiais, enquanto o transplante capilar é um procedimento cirúrgico que utiliza os fios do próprio paciente, retirando-os de uma região não afetada e colocando-os em outra região que sofre os efeitos da calvície.
No entanto, o implante capilar é um procedimento bem raro no Brasil, pois os fios de cabelos utilizados são feitos de biofibra, material semi-sintético semelhante ao cabelo, que após um tempo começa a ser rejeitado pelo couro cabeludo.
Tanto na calvície feminina quanto na masculina, o transplante capilar é o tratamento cirúrgico mais indicado.
Portanto, a calvície feminina é uma condição tratável e atualmente as diversas técnicas empregadas para corrigir o problema são eficazes e proporcionam melhor qualidade de vida para as mulheres afetadas pela doença.
Mulher Calva: O que pode ser: Perguntas Frequentes
Qual remédio para calvície feminina?
O Acetato de ciproterona é um medicamento usado para tratar a calvície feminina, devido a sua ação antiandrogênica.
É possível acabar com a calvície feminina?
Não, embora não exista cura definitiva, a calvície feminina pode ter seus efeitos reduzidos com a ajuda de medicamentos disponíveis no mercado.
Qual melhor vitamina para calvice feminina?
Biotina, vitamina C, Vitamina D e Zinco são essenciais para os efeitos causados pela calvície feminina.
O que piora a calvície?
O uso de anabolizantes aceleram a queda de cabelo, portanto não devem ser usados em quem sofre do problema.
O que faz acelerar a queda de cabelo?
O estresse físico ou emocional possui relação direta com a perda de cabelo, logo deve ser tratado ou corrigido.
Clínica localizada na região dos Jardins em São Paulo
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Dra. Juliana Toma
Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).
Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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