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Melasma nas costas – como tratar?

As manchas de melasma ocorrem devido a hiperpigmentação das células epiteliais. É o resultado da atividade em excesso dos melanócitos (células produtoras de melanina) em razão de uma série de fatores, principalmente da exposição solar sem cuidados. Por isso o melasma nas costas é menos comum do que em outras regiões como face e pescoço.

Apesar da menor incidência, as manchas nas costas também podem trazer uma série de impactos negativos na vida da pessoa. O melasma não coça, dói, apresenta ardência ou qualquer outra sensação, no entanto, causa um grande desconforto estético. 

Conheça melhor os sintomas da condição e descubra como se dá o seu diagnóstico. 

Esse desconforto é uma das principais causas das consultas médicas. O melasma é o terceiro motivo que mais leva as pessoas a buscarem o dermatologista, ficando atrás apenas da acne e de manchas relacionadas à queratose (ceratose).

Leia o post, entenda mais sobre o melasma nas costas, como se manifesta, tratamento e quando procurar um dermatologista. Acompanhe!

Porque surge o melasma nas costas

A principal causa é a exposição solar sem proteção. Isso causa a foto-oxidação da melanina pré-formada no melanócito, que transfere as moléculas de melanina para os queratinócitos (células produtoras de queratina). No fim, as camadas da pele (derme e epiderme) ficam manchadas. 

De acordo com o estudo “Melasma e os males da luz visível”, em 66% dos casos as máculas hiperpigmentadas apresentaram-se na região central da face, o que inclui bochechas, nariz e testa. Apenas 34% acometem outras regiões como pescoço, braços e costas.

A presença de melasma em regiões que não estão comumente expostas aos raios solares denota que a razão pode ser outra, como o aumento dos níveis de estrogênio, que também estimula a produção de melanina pelos melanócitos. 

Esse aumento do nível de estrogênio pode estar associado a uma série de fatores, chamados de catalisadores, são eles:

gravidez – dependendo da etnia, até 50% das gestantes podem desenvolver melasma;
tratamentos de reposição hormonal – principalmente tratamentos que visam regular os níveis de estrogênio e progesterona, comuns na menopausa.
medicamentos e outras substâncias fototóxicas – resultado da liberação de energia por agentes fotossensibilizantes capazes de provocar danos a longo prazo na pele. São medicamentos fototóxicos alguns antibióticos, antimaláricos, o cloridrato de amiodarona, entre outros.
Dermocosméticos – são cremes e outros cosméticos que em contato com a pele causam irritação.
Predisposição genética – dependendo da etnia (como a indígena), o percentual de pessoas que desenvolvem o melasma pode chegar a 80% quando há casos na família.
Estresse e calor – esses dois fatores também estimulam a hiperpigmentação.

Como são as manchas de melasma nas costas

O melasma nas costas se manifesta clinicamente como máculas de cor marrom, cinza ou castanho, dependendo do tom natural da pele. Seu formato é simétrico, ou seja, se uma mancha aparecer na parte esquerda das costas, uma muito parecida também surgirá na parte direita.

Como tratar as manchas de melasma nas costas

Assim como o melasma em outras regiões do corpo, as manchas que surgem nas costas apresentam tratamentos semelhantes. 

Na consulta com o dermatologista, serão feitas perguntas e análise clínica das manchas. É importante identificar os possíveis catalisadores do melasma e a partir daí definir as terapias adequadas.

Entre elas podemos destacar:

Fotoproteção 

Partindo do princípio de que se evitar o agente catalisador as manchas somem, uma das possibilidades é evitar a exposição solar sem proteção. É recomendado o uso de protetor solar com fator acima de 30 FPS, uso de roupas naturais que cubram as manchas e evitar a exposição entre as 10 e as 16 horas.

Agentes tópicos

São as pomadas, cremes, géis e séruns. Possuem diferentes princípios ativos, a exemplo da  tretinoína, hidroquinona e ácido kójico. O objeto é inibir a ação dos melanócitos, devolvendo assim a tonalidade normal da pele. 

Peeling

O peeling pode ser químico ou físico. Ambos partem do princípio da dermoabrasão para destruir as células hiperpigmentadas e em seu lugar novas células sem a pigmentação excessiva vão “nascer”.

Terapias a laser

Refere-se ao laser fracionado, luz pulsada, laser de CO2, entre outras laserterapias. O pulso de luz age diretamente sobre a melanina, destruindo-a. O próprio organismo elimina as “sobras”.

Microagulhamento 

O microagulhamento utiliza micro cânulas ou micro agulhas para fazer furos na região tratada. Esses furos promovem a renovação celular, dessa forma uma nova camada de queratinócitos será produzida sem a hiperpigmentação.

Como prevenir

O melasma é uma condição crônica, dessa forma não se sabe quando irá se manifestar. Ainda assim, a melhor forma de prevenir é evitar a exposição solar sem proteção e ficar distante dos possíveis catalisadores.

Os impactos sociais do melasma nas costas

O melasma não pode se tornar uma doença séria, nem dói ou coça, mas os impactos na aparência da pele e como as outras pessoas enxergam as manchas são importantes.

Diferente das manchas no rosto, as manchas das costas podem ser cobertas com roupas, mas ainda assim dificulta uma saída para a praia ou clube, uso de determinadas roupas que expõem as costas, entre outros desconfortos. 

O tratamento representa uma vitória para algumas mulheres com melasma nas costas, no centro face, região malar ou outra. Elas podem recuperar a autoestima, deixar de ter que recorrer à maquiagem e voltar a sua rotina sem receios. 

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UM POUCO SOBRE A DRA.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP 156490 / RQE 65521

Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).

Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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