Manchas nas unhas – descubra o que pode ser

O corpo dá sinais quando algo não está funcionando direito. Por exemplo, dor e tosse são sintomas de várias doenças, e o mesmo ocorre quando surgem manchas nas unhas. 

As unhas são compostas por queratina, apresentando como principal função proteger as pontas dos dedos de traumas ou da ação de agentes externos. 

Quando estão saudáveis, apresentam um aspecto esbranquiçado ou transparente, com a base rosada. Diante de qualquer alteração que não tenha sido causada por traumas (lesões) é sempre bom consultar um dermatologista para identificar a natureza do problema e iniciar o tratamento adequado. 

Isso é necessário porque as nossas queridas unhas também podem ajudar a identificar uma série de problemas, incluindo alergias e até diabetes. Continue lendo o post, entenda quais sintomas característicos se manifestam nas unhas, entre outras informações importantes. Boa leitura!

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Manchas brancas

Na maioria dos casos as manchas brancas são causadas por traumas na lâmina ungueal, nome dado à produção cutânea formada de queratina compactada, como bater a unha na parede, prender o dedo nas portas, entre outros. 

Geralmente, essas manchas brancas não indicam qualquer problema de saúde e com o tempo desaparecem. No entanto, se elas não desaparecem podem ser um indicativo de doenças mais sérias como vitiligo ou hanseníase.

Manchas brancas junto às cutículas

Já as manchas brancas rentes às cutículas nas 10 unhas da mãos (com exceção das pontas) é um indicativo de diabetes, cirrose ou insuficiência cardíaca. Se for o caso, o clínico geral deve ser consultado. 

Manchas azuis

A causa das unhas azuladas geralmente é o baixo índice de oxigênio no sangue, o que faz com que a pele ou a membrana abaixo dela fique com essa tonalidade característica. Essa condição é chamada de cianose e é uma reação comum quando se está em um ambiente com clima muito frio, por exemplo. 

No entanto, se essa tonalidade azulada surgir em outra ocasião, pode ser um sintoma de problemas circulatórios, como a doença de Raynaud, problemas relacionados ao coração ou alterações respiratórias, como enfisema ou pneumonia.

Manchas marrons enegrecidas

Manchas escuras (sem linha) podem ter natureza benigna ou não. Quando benigna, estão associadas a infecções bacterianas ou fungos. Quando maligna, podem ser um indicativo da presença de melanoma (câncer) do aparelho ungueal, referente ao conjunto de componentes que formam as unhas e a pele por debaixo delas. 

O melanoma é uma doença que requer acompanhamento profissional urgente, pois pode se alastrar rapidamente. Por isso, fique atento se notar o surgimento de manchas longitudinais escuras de coloração marrom para o preto que surgem sem razão.

Linhas escuras

Diferente do exemplo acima, essas linhas escuras não preenchem toda a unha, podem ter cores marrom, cinza ou preta. Trata-se de uma alteração chamada de melanoníquia, mais comum em pessoas de pele escura, mas que também surge pelo uso de antibióticos e medicamentos para o tratamento do HIV.  

As linhas vão da base da unha até o topo e aparecem com o tempo, podendo ser um sinal do aumento da produção de melanina, pigmento que dá cor à pele. Também exige acompanhamento, visto que é um dos sintomas iniciais de melanoma (câncer de pele).

Manchas amarelas 

Unhas amareladas são comuns em idosos e nem sempre estão ligadas a um problema de saúde. Além do uso de medicamentos como antibióticos, esse tipo de coloração pode ser provocada pelo contato com determinados produtos de limpeza, fumaça de tabaco ou ainda pelo excesso na ingestão de alimentos como cenoura, abóbora ou batata doce. 

Fora esses casos, as unhas amareladas podem aparecer quando há alguma infecção por fungos, como a onicomicose. Ademais, pode ser sintoma de algo mais grave como diabetes, psoríase, doenças relacionadas ao fígado (hepatite ou cirrose) e doenças relacionadas ao aparelho respiratório (bronquite ou doença pulmonar obstrutiva crônica).

Pela amplitude de sintomas associados, é importante consultar o dermatologista para avaliar se pode ser alguma infecção fúngica ou psoríase. Se não forem esses casos, o melhor a se fazer é consultar um clínico geral para diagnosticar e tratar a causa. 

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Unhas avermelhadas

As unhas ficam avermelhadas ou arroxeadas quando há  algum impacto, mas caso não for isso, o problema pode ser paroníquia. É um tipo de inflamação caracterizada por bordas avermelhadas que vão seguindo ao longo das unhas causadas pela ação de bactérias, leveduras e vírus, quando a pessoa se machuca, remove as cutículas, fica com a unha encravada ou passa muito tempo com as mãos úmidas. 

Agora, se a unha estiver completamente avermelhada, pode ser sintoma de doenças no coração ou pulmões, entre outras condições. O primeiro passo é consultar um dermatologista, principalmente se houver a presença de pus, para condução do tratamento, que inclui uso de antibióticos e drenagem do pus.

Unhas esverdeadas

As unhas com um aspecto verde azulado ou verde escuro podem ser uma condição chamada síndrome das unhas esverdeadas, ocasionada pela infecção da bactéria Pseudomonas aeruginosa. Geralmente não causa dores, entretanto, a pele ao redor pode inchar e ficar vermelha ou dolorida. 

O tratamento inclui o uso de antibióticos, que devem ser receitados pelo clínico geral ou dermatologista.

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Outros sintomas que podem afetar as unhas

Unhas quebradiças e secas

Essa condição ocorre quando as unhas se quebram ou lascam com facilidade, e quando tais sintomas não estão associadas ao envelhecimento natural. Pode ser alergia a produtos como sabonetes, esmaltes, detergentes, produtos de limpeza, ou ainda causada pela remoção de unhas em gel. 

Quando não for nenhum desses casos, essa fragilidade é um sintoma de deficiência de ferro, ácido fólico ou de vitaminas responsáveis pela produção da proteína que dá força às unhas. Também pode estar associada a outras doenças como micose, psoríase ou anemia. 

Para verificar se é alergia, o ideal é evitar o uso dos produtos citados por cerca de duas semanas. Se a condição permanecer, deve-se consultar o dermatologista para o diagnóstico.

Unhas arredondadas

As unhas ficam arredondadas com os dedos curvados para baixo. Geralmente o processo começa lentamente ao longo dos meses ou anos sem que a pessoa note, até que a condição piora, as unhas incham e ficam doloridas quando pressionadas.

A causa geralmente é a baixa oxigenação do sangue por conta de doenças cardiovasculares ou pulmonares, além de doenças do fígado, intestino ou HIV. Por conta da amplitude de possíveis causas, o clínico geral deve ser consultado.

Unhas esféricas

Diferente do exemplo anterior, nesse caso a ponta dos dedos fica mais avantajada que o restante, com unhas esféricas salientes. Pode se tratar de algo grave, um sintoma de fibrose pulmonar ou outra doença do aparelho respiratório. O mais indicado é procurar um clínico geral para o diagnóstico preciso.

Unhas onduladas

Unhas onduladas é um sinal de envelhecimento, sendo muito comum em idosos, contudo, se esse não for o caso, pode estar relacionada a alguma doença de pele, cujo sintoma é o ressecamento das unhas. 

Entre as doenças que levam à condição estão psoríase, dermatite atópica, alopecia areata, ou lúpus.

O mais indicado aqui é consultar o dermatologista para o diagnóstico. 

Deslocamento de unhas

É a onicólise, uma condição em que as unhas se deslocam de forma parcial ou total pelo uso de calçados apertados, limpeza excessiva das unhas ou alergia a produtos de limpeza. 

Também pode ser causada por infecção de fungos, doenças de pele como psoríase ou uso de determinados medicamentos.

A sugestão aqui é evitar o uso de calçados apertados, produtos como detergentes e alvejantes ou a limpeza constante da parte de baixo das unhas. Se mesmo assim, o deslocamento não melhorar, procure um dermatologista.

Unhas côncavas

Unhas côncavas, com um formato de colher, podem ser sinal de deficiência de ferro, doenças do fígado como hepatite e hemocromatose, doenças cardiovasculares ou problemas hormonais causados pelo mau funcionamento da tireoide. 

Assim como os demais casos, é necessário procurar um profissional da saúde.

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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