Manchas brancas na pele – o que pode ser?

Manchas brancas na pele geralmente são resultado da despigmentação de suas camadas mais superficiais. Nem sempre é algo sério, mas assim que encontrar quaisquer sinais ou manchas é necessário consultar o dermatologista.

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Vários são os fatores que motivam o surgimento desse tipo de mancha. Entender como se manifestam é o primeiro passo para uma eventual consulta. Continue lendo o post e saiba quais as possíveis causas. Acompanhe!

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Micose

Uma das causas mais fáceis de tratar são as micoses. Essas manchas brancas podem ser a pitiríase versicolor ou tinea versicolor, resultado da ação de fungos que se alimentam na queratina da pele. 

O crescimento dos fungos ocorre por meio da contaminação em locais úmidos, compartilhamento de objetos pessoais como toalhas ou lençóis e a falta de higienização adequada. 

Essas manchas podem se espalhar por outras áreas do corpo, apresentar coceira e lesões descamativas se não forem tratadas. Quando se espalham, costumam acometer unhas, couro cabeludo, concentrar-se na região genital e virilha. 

O tratamento é feito conforme a manifestação da micose e varia entre medicação oral ou tópica, além de xampu, sabonetes, géis e pomadas (cetoconazol, miconazol, entre outros).

Descamação por exposição ao sol

É comum pessoas com tonalidades de pele mais claras que abusam da exposição solar no horário de maior incidência de raios UV apresentarem descamação da pele. 

Os raios mais intensos causam danos à epiderme, que descasca para ser eliminada, no entanto, em alguns casos ficam manchas brancas. Com o tempo elas retornam à tonalidade normal na maioria dos casos, o que pode demorar desde alguns dias até meses. 

O ideal é manter a pele sempre hidratada para evitar que as manchas se tornem permanentes. Além disso, há cremes clareadores com ácidos leves, Vitamina A e C que promovem a suavização.

Dermatite atópica

A dermatite atópica (eczema atópica) é uma doença crônica e hereditária que causa inflamações na pele. Geralmente essas inflamações manifestam-se em forma de manchas brancas que lembram o chão ressecado que se quebra no rosto, cotovelos, joelhos e outros locais de dobras.

Sua razão é desconhecida, no entanto alguns fatores podem funcionar como catalisadores, como pelo de animais, mofo no ambiente, roupas que provocam coceira, estresse, entre outros. 

Embora a condição não seja contagiosa, pode permanecer por toda a vida. Os sintomas desaparecem, mas reaparecem quando a pessoa é exposta a algum agente catalisador. As manchas brancas costumam coçar bastante e a pele fica seca. 

O tratamento é feito à base de medicamentos orais ou tópicos, como pomadas e cremes prescritos pelo dermatologista. Se as lesões apresentarem alguma infecção bacteriana, são receitados antibióticos orais.

Sardas brancas (Leucodermia gutata)

As sardas brancas costumam aparecer em pessoas acima dos 40 anos ou acima dos 20 que não se protegem do sol. Essas pequenas manchas brancas com dimensões entre 1 a 10 mm são causadas principalmente pelos raios UV que lesionam os melanócitos (células produtoras de melanina). 

As manchas surgem com maior frequência no rosto, mãos, pernas, costas e  pescoço. Embora não sejam nocivas, são um sinal de que a pessoa não protege a pele da forma necessária e precisa dar mais atenção aos cuidados diários. 

O tratamento mais comum é a fotoproteção, com o uso de protetor solar com fator mínimo de 30 FPS, evitar a exposição entre 10 e 16 horas e a preferência de roupas de fibras natural ao invés da sintética. Se for necessário pode recorrer a tratamentos como dermocosméticos, laser, micropigmentação, entre outros. 

Hipomelanose

A hipomelanose é uma condição que causa manchas brancas em indivíduos com tons de pele mais escuros. Costuma afetar as extremidades, como mãos, pés, cotovelos e joelhos. Homens e mulheres podem apresentar essa desordem, que é mais frequente em pessoas com idade mais avançada. 

As lesões são esbranquiçadas, sem formato definido, mas em alguns casos são redondas ou ovais, variando de 1 mm a 2 cm de diâmetro. Podem aumentar de tamanho e acometer mais partes à medida que a idade avança. 

Não se sabe as causas das manchas, porém nota-se que elas possuem uma grande tendência genética, visto que 60% das pessoas afirmam que outras da família apresentam as mesmas manchas. 

O tratamento da hipomelanose depende de alguns fatores e nem sempre se mostra efetivo. Entre os mais comuns estão a crioterapia, laserterapia e microdermabrasão. 

Vitiligo

O vitiligo é uma condição que causa a perda da pigmentação natural da pele. É mais comum em pessoas de pele negra, com manchas pequenas que vão crescendo com o avanço da idade. 

A causa ainda não é totalmente compreendida, porém a comunidade médica acredita se tratar de uma mutação genética por conta de algum distúrbio autoimune em que o próprio organismo ataca os melanócitos. 

Ainda não há um tratamento eficaz, mas existem terapias experimentais, como a fototerapia, medicamentos corticoides, imunossupressores e estimulantes para a produção de melanócitos, a fim de unificar a cor da pele. 

Manchas brancas na pele são câncer?

Na maioria dos casos é uma das condições acima apresentadas, entretanto, manchas brancas com bordas irregulares e texturas, que aumentam de tamanho, sangram ou coçam muito, podem ser um sinal de câncer de pele não melanoma. Para sanar essa dúvida, consulte um dermatologista para avaliação e possível tratamento.

Quando procurar o dermatologista?

Sempre que notar uma mancha branca (ou qualquer outra cor), sinal (ou sinal que mudou de cor), nódulos ou cistos. É importante observar o tamanho, localização, quando apareceu e se há outros sintomas associados como secura, pus ou descamação. 

Nesses e em outros casos, o dermatologista é o profissional da saúde mais indicado. Ele vai conduzir o diagnóstico, tirar dúvidas e definir o tratamento adequado. Independente da situação, evite receitas caseiras para não agravar a situação. 

Conheça outros tipos de manchas e suas causas. 

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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