A luz pulsada para olheiras tornou-se uma das terapias mais procuradas por quem sofre com as manchas na região dos olhos. Apesar de não ser uma doença, as olheiras causam grande transtorno estético, fazendo com que muitas pessoas recorram à maquiagem ou receitas caseiras que nem sempre funcionam.
A técnica da luz pulsada veio justamente para atenuar as máculas em diferentes casos, visto que as olheiras podem ter mais de uma causa ou catalisador. A tecnologia baseada em disparos de luz resolve os principais tipos em poucas sessões e dependendo do caso elas dificilmente retornam.
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No post de hoje você entende mais sobre como funciona a luz pulsada, quais as indicações, benefícios, entre outras informações importantes para quem pretende recorrer ao tratamento. Acompanhe!
O que é luz pulsada
A Luz intensa pulsada (LIP) ou só luz pulsada é uma tecnologia que utiliza um aparelho específico que emite feixes de luz policromáticos e não colimados (em várias direções). Em outras palavras, esse aparelho emite luz em comprimentos de ondas variados na pele, que geram calor para diversos fins.
Em geral, o tecido conta com componentes foto receptivos que convertem essa energia luminosa em calor. Esse calor pode coagular tecidos ou ativá-los, de acordo com o objetivo do tratamento.
Uma série de estudos e práticas demonstram que a luz pulsada promove uma combinação de benefícios na pele, como o aumento de sua espessura, estímulo da produção de colágeno, uniformização dos tons de pele, entre outros benefícios.
Vantagens da luz pulsada para olheiras
O principal deles é a possibilidade de tratar os principais tipos de olheiras de forma simples, segura e eficaz. Os tratamentos baseados em luz são pouco invasivos, acessíveis e sem complicações como as cirurgias para o mesmo fim.
Além disso, a luz pulsada age diretamente nas causas raiz, como hiperpigmentação ou vasos sanguíneos superficiais e não apenas mascarando os efeitos.
É uma técnica segura quando realizada em consultório dermatológico e por um profissional capacitado, que não exige o afastamento das atividades corriqueiras como trabalho ou estudos. Apenas são sugeridos alguns cuidados para manter os resultados e evitar quaisquer efeitos colaterais.
Como a luz pulsada age nas olheiras
A luz pulsada, por gerar diferentes feixes de luz, atua em mais de uma frente para a redução das olheiras, bem como a uniformização da pele na região.
Pele fina (olheiras vasculares)
As olheiras vasculares são resultado de uma pele mais fina nas pálpebras associada ao acúmulo dos vasos sanguíneos na região. Com o afinamento dessa pele, ocorrido principalmente pelo envelhecimento ou perda da hidratação, a luz passa por ela e a cor roxa dos vasos fica mais evidente.
A solução aqui é “engrossar” a pele da pálpebra inferior com a luz pulsada, que vai estimular a produção de colágeno.
Hiperpigmentação (olheiras pigmentares)
As olheiras pigmentares são causadas pelo acúmulo de melanina na cavidade lacrimal, o que provoca alterações na cor natural da área. Varia entre tons castanhos e cinzas, dependendo da sua coloração normal.
A causa dessa hiperpigmentação pode ser constitucional em pacientes com tons de pele mais escuros ou por algum processo inflamatório, a exemplo das alergias.
A luz pulsada vai quebrar as moléculas de melanina na região, que são eliminadas pelo sistema linfático. Em poucas sessões é possível notar a diferença e o clareamento da pele.
Vasos sanguíneos (olheiras sanguíneas)
A pele fina e o acúmulo de hemoglobina na região dos olhos resultam em olheiras sanguíneas, de coloração azulada. São comuns em pessoas que não tiveram uma boa noite de sono, estressadas ou que estejam passando por algum problema emocional.
A luz pulsada é eficaz tanto no fechamento de pequenas veias e vasos sanguíneos, como também no estímulo do colágeno para “engrossar” a pele.
Envelhecimento da pálpebra
À medida que envelhecemos, a gordura normal da pálpebra “derrete” e se projeta sobre a pálpebra inferior, gerando as chamadas bolsas nos olhos, ou olhos inchados.
Dependendo do grau das olheiras, a luz pulsada age quebrando as moléculas de gordura em excesso, que são eliminadas no sistema linfático, melhorando o aspecto das olheiras.
Olhos fundos (olheiras profundas)
As olheiras profundas apresentam natureza genética, dessa forma sua anatomia óssea e de gordura projetam uma sombra na parte inferior da pálpebra causando um efeito de escurecimento por conta desses desníveis.
A luz pulsada em si vai ajudar no preenchimento da região, estimulando a produção de colágeno e aumento da hidratação, o que “engrossa” a pele. É mais eficaz quando associado a outros tratamentos, como preenchimento com ácido hialurônico.
Como o procedimento é conduzido
Inicialmente o dermatologista identifica o tipo de olheira para avaliar se suas condições são elegíveis para o tratamento.
Se sim, o passo seguinte é marcar a sessão. Recomenda-se que o paciente evite o consumo de bebida alcoólica no dia anterior ao procedimento e use o filtro solar com fator de proteção 30 ou superior. A pele não pode estar bronzeada e o paciente deve evitar medicamentos anti-inflamatórios, como aspirina, ibuprofeno, etc.
No dia da sessão a pele passa por assepsia para retirar qualquer tipo de resíduo ou maquiagem. O paciente também usa óculos especiais, chamados escudos corneanos, que evitam quaisquer danos aos olhos. Em seguida são feitas as marcações e o profissional aplica um creme anestésico para evitar desconfortos durante a sessão.
Os disparos são feitos de acordo com as marcações. Tudo dura pouco mais de 30 minutos e assim que terminar o paciente já pode retornar para casa.
A tonalidade da região pode mudar um pouco, apresentando leve vermelhidão ou inchaço, que perduram por poucos dias. Os resultados são visíveis a partir da segunda ou terceira sessão, principalmente se a luz pulsada for associada a outras abordagens como o uso de cremes clareadores ou com ácido hialurônico.
Efeitos colaterais e cuidados
Os efeitos colaterais são mínimos e incluem vermelhidão, edema e inchaço. Para evitá-lo é importante seguir as recomendações dermatológicas que incluem:
- Evite a exposição solar nos horários de maior incidência (entre às 10 da manhã e 4 da tarde), durante a primeira semana após o procedimento;
- Evite massagens no local;
- Evite banhos de piscina ou mar durante a primeira semana;
- Em caso de algum desconforto, basta aplicar compressas de água fria.
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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