Laser para manchas: Como funciona

O surgimento de manchas causa um grande incômodo estético e que muitas vezes abala a autoestima. Trata-se de uma das principais razões para a busca por um dermatologista e como consequência por um tratamento de pele. O laser para manchas é uma das principais terapias para clareamento e uniformização da pele. 

Com o laser é possível tratar uma série de manchas cutâneas comuns, de forma associada ou não a outras terapias. Além disso, o tratamento ainda ajuda na redução de rugas faciais, irregularidades na pele e linhas de expressão. 

Leia também: Manchas na pele – Principais causas e tratamentos

Continue lendo o post, entenda mais sobre o tema, quem pode fazer o uso do laser, como funciona, entre outras informações importantes. Acompanhe!

Quem pode fazer o tratamento de laser para manchas

Pessoas com manchas na pele, na área facial, colo, braços, entre outras regiões com manchas que trazem incômodo estético. O primeiro passo é consultar o dermatologista para fazer uma avaliação do quadro. Ele vai considerar seu histórico médico, estado de saúde atual, bem como os resultados desejados. 

A partir daí, ele consegue indicar o tipo de laser que trará os melhores resultados, o número de sessões e os cuidados para seguir antes e depois do tratamento.

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Quais manchas podem ser tratadas com laser

Entre as condições mais comuns que respondem bem ao tratamento a laser estão:

melasma;
manchas senis;
olheiras;
rosáceas;
manchas de limão;
melanomas;
manchas de acne;
acantose nigricans;
queratose actínica.

Como funciona o laser

O laser é um aparelho que produz energia eletromagnética direcionada. O intuito é atingir um determinado “alvo” na pele de modo a modificar sua estrutura física, química ou biológica, dependendo do tipo de tratamento. 

Na Dermatologia, o feixe de luz atinge o alvo, que pode ser um pigmento do próprio organismo, como o caso da melanina que causa as manchas solares, a tinta de uma tatuagem ou moléculas de água, para estimular a produção de uma nova camada de pele e a produção de colágeno novo.

No caso dos pigmentos, o laser vai destruí-los e o próprio organismo vai se encarregar de eliminar os resíduos por meio do sistema linfático. 

A grande vantagem aqui é a possibilidade de direcionar os feixes de luz, de modo a atingir somente o pigmento. A queima do tecido circundante é mínima, visto a capacidade de atingir exatamente o local a ser tratado. Dessa forma, o laser causa menos efeitos colaterais como inchaço, vermelhidão ou hematomas. 

Geralmente, o tratamento a laser é considerado um procedimento ambulatorial, isso quer dizer que não necessita pernoite ou internação. O médico irá fazer disparos nos locais que apresentam as máculas. Para áreas pequenas, é aplicada anestesia local, no entanto, se todo o rosto for tratado, possivelmente receberá anestesia geral. 

O procedimento dura em média 40 minutos se for apenas uma área, mas o tratamento facial completo pode levar até 2 horas.

Tipos de laser

Existem diferentes tipos de laser usados na dermatologia. Os mais comuns são:

Laser Q switch

O laser Q switch cria feixes de luz intermitentes que duram bilionésimos de segundos. O resultado é uma luz concentrada em rajadas (pulsos) de grande poder e eficiência, capaz de acertar pontos bem pequenos, como as moléculas de água ou pigmentos que causam as manchas.

Laser Spectra

O laser Spectra utiliza uma ponteira que emite pulsos de luz rápidos, precisos e de alta intensidade. Essa ponteira permite o ataque seletivo, que age em determinados pontos, conforme o objetivo do tratamento.

Laser fracionado CO2

O laser fracionado utiliza como “combustível” o dióxido de carbono (CO2). Ele amplifica os feixes de luz, emitindo radiações que alteram a fisiologia da pele. Pode se dizer que é a segunda geração de lasers, mais eficaz, com possibilidade de direcionamento e com menores efeitos colaterais. 

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Cuidados pré-procedimento

O dermatologista pode solicitar alguns cuidados antes do paciente se submeter ao tratamento. Isso porque o laser pode desencadear erupções cutâneas se o paciente apresentar feridas, bolhas de febre ou alguma infecção na pele. 

Portanto, evite tomar qualquer medicação ou suplemento que possa afetar a coagulação, a exemplo aspirina, ibuprofeno ou vitamina E, durante uma semana antes do procedimento. 

Cuidados pós-procedimento

Após o procedimento, será feito um curativo na área tratada, que precisa ser limpa de quatro a cinco vezes por dia (esperar 24 horas para dar início a limpeza). Se o dermatologista julgar necessário, vai indicar algum tipo de pomada ou vaselina para evitar a formação de crostas. 

O período de recuperação varia entre 10 a 21 dias. Durante esse período, recomenda-se não se expor ao sol no horário de maior incidência dos raios ultravioletas (entre 10 horas da manhã e 4 da tarde), além de evitar banhos de piscina ou mar.

Contra indicações

Entre as contra-indicações podemos listar:

Gestantes ou lactantes devem evitar;
Pessoas com feridas ou infecções próximas a área tratada devem adiar o procedimento;
Pessoas que fazem uso de Roacutan devem interromper o tratamento antes de passar pela terapia a laser;
Pessoas com pele bronzeada ou com câncer de pele não devem se submeter à laserterapia;
Fumantes devem parar por 10 dias antes e depois do procedimento para acelerar a cura.

Como escolher o dermatologista para o procedimento

Qualquer uma das terapias a laser citadas deve ser feita somente em consultório dermatológico por um profissional capacitado. Busque referência com pessoas que já fizeram o procedimento e indicam aquele médico, procure por avaliações na internet e pesquise bem antes de tudo. 

Mesmo que não haja necessidade de se afastar do trabalho ou demais atividades, todo o cuidado é necessário, visto a seriedade do procedimento. 

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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