Espironolactona para calvície

Perder os cabelos é um dos problemas que mais atinge a autoestima das pessoas e pode afetar tanto homens quanto mulheres. Isso acontece porque o ter um cabelo cheio e saudável é relacionado a beleza e sexualidade.

No entanto, com o avanço da medicina, hoje é possível encontrar diversos tratamentos estéticos que geram excelentes resultados tanto para calvície feminina quanto masculina. Atualmente, um dos medicamentos mais utilizados para este fim é a espironolactona.

Confira abaixo mais informações sobre este medicamento e como ele é utilizado no tratamento para calvície.

O que é espironolactona

É um medicamento que está no mercado há mais de 30 anos. Ele pertence a classe dos anti-hipertensivos e diuréticos. A espironolactona atua aumentando a eliminação de água pela urina.

Por ser muito popular, é facilmente encontrado nas farmácias, com o nome comercial Aldactone e pode ser obtido mediante apresentação da prescrição médica. É vendido sob a forma de comprimidos em doses de 25 mg, 50 mg e 100 mg.

Para o que a espironolactona  é indicada

Este medicamento pode ser utilizado para tratar:

• • Pressão alta

• • Inchaço causado por insuficiência cardíaca

• • Cirrose hepática

• • Doença renal

• • Hipopotassemia

• • Prevenir a perda de potássio (hipopotassemia) e magnésio (hipomagnesemia) em pessoas que tomam medicamentos diuréticos

• • Hiperaldosteronismo primário.

• • Distúrbios edematosos, como: edema e ascite da insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndrome nefrótica.

No entanto, recentemente foi descoberto que a espironolactona também pode ser utilizada no tratamento de calvície, principalmente a calvície em mulheres.

Como funciona a espironolactona no tratamento da calvície

A espironolactona possui efeito antiandrogênico, o que significa que ela age controlando o excesso do hormônio testosterona em mulheres, que é geralmente associado ao aspecto masculino e influenciana calvície de ambos os sexos.

A 5-alfa-redutase, uma enzima produzida naturalmente pelo nosso organismo, converte parte do hormônio testosterona em outro hormônio, a dihidrotestosterona (DHT), responsável pela perda dos fios de cabelo.

Lentamente, o DHT mata as células produtoras de fios e, a longo prazo, sofrem um efeito conhecido como miniaturização. A miniaturização faz com que os fios se tornem mais finos e curtos até caírem completamente.

Como a espironolactona possui uma composição molecular muito semelhante à da testosterona, ela atua como um antagonista do receptor de testosterona, bloqueando a recepção do hormônio, e controlando a ação do DHT nos fios de cabelo. Assi, sua ação reduz os efeitos do DHT, protegendo homens e mulheres da calvície.

Quando a espironolactona é indicada?

A espironolactona é indicada principalmente para o tratamento da calvície feminina.

Apesar de este medicamento poder ser utilizado em todas as fases da calvície – enquanto não os fios não foram perdidos completamente – o ideal é que a administração desse composto seja feita quanto antes, para atingir os melhores resultados.

Além disso, é importante lembrar que o diagnóstico e o tratamento somente podem ser realizados por um médico dermatologista, de preferência especializado em tricologia, a área médica que trata dos problemas de cabelo e couro cabeludo.

O tratamento com espironolactona também pode ser associado ao Minoxidil, remédio muito popular para o tratamento da calvície. Além disso, pode ser associado a outros tratamentos estéticos, como o MMP, o Laser Thulium, as Luzes de Baixa Intensidade, e a Intradermoterapia capilar. A combinação de tratamento auxilia o paciente a obter efeitos ainda mais rapidamente.

Possíveis efeitos colaterais

Como qualquer outro remédio, a espironolactona pode causar efeitos colaterais. No entanto, eles variam muito de paciente para paciente.

Por ser um medicamento anti-hipertensivo e diurético, algumas pessoas podem apresentar pressão baixa ou aumento da frequência urinária, efeitos que não são graves e podem ser manejados durante o tratamento.

Mais raramente, pacientes relataram dor de cabeça, sonolência e tontura.

Por conta disso, é fundamento que um médico dermatologista acompanhe todo o tratamento para indicar as melhores ações para manejar qualquer efeito colateral da espironolactona.

Contraindicações

Como qualquer outro medicamento, alguns grupos de pacientes não devem ser tratados com a espironolactona. Como é um medicamento anti-hipertensivo, ele não é indicado para pessoas que já realizam tratamento para pressão alta, sem que o médico ajuste os remédios em uso.

Além disso, a espironolactona não é indicada para mulheres grávidas, que pretendam engravidar, e lactantes.

Pacientes que tenham doenças nos rins ou no fígado, como insuficiência renal aguda, diminuição significativa da função renal, anúria, hiperpotassemia e doença de Addison também não devem ser tratadas com espironolactona.

Como você pode notar, o uso da espironolactona é limitado para alguns grupos. Portanto, é importante lembrar que ela só deve ser utilizada quando recomendada por um médico que faça avaliação do seu quadro de calvície para indicar o melhor tratamento e as doses apropriadas.

A automedicação pode gerar problemas graves de saúde. Recomendamos que procure um dermatologista o quanto antes ao notar os primeiros sintomas de calvície para que o tratamento seja o mais efetivo possível dentro do menor período.