Eczema é um tipo de dermatose que se caracteriza por apresentar vários tipos de lesões. A dermatite atópica (comumente chamada eczema) é uma inflamação crônica e pruriginosa nas camadas superficiais da pele.
O eczema é um problema muito comum em todo o mundo. Estima-se que o distúrbio afete entre 5% e 20% das crianças do planeta e cerca de 2% dos adultos.
A doença é dividida em diversos tipos, que variam bem em sua prevalência, o mais comum é o que conhecemos como eczema de contato. De acordo com uma pesquisa da Northwestern University nos Estados Unidos, os norte americanos gastam aproximadamente 3,8 bilhões de dólares por ano com este distúrbio.
Infelizmente, a tendência é piorar. O número de casos de eczema aumenta a cada ano, em especial em zonas urbanas de países desenvolvidos.
Você conhece essa doença?
Com o passar da adolescência, muitas pessoas tem cura espontânea, enquanto outras continuarão a tê-la durante a vida adulta. Este artigo explicará o que é o eczema e discutirá seus sintomas, tratamentos, causas e tipos.
O que é Eczema?
O eczema é uma dermatose caracterizada por lesões avermelhadas sobre a pele. O distúrbio varia entre agudo e crônico e é classificado em diferentes tipos, os quais serão apresentados mais adiante.
Geralmente, o quadro é marcado pelo aparecimento de alterações cutâneas com formações bolhosas na superfície da pele, que ao se romperem liberam líquido semelhante à água.
Quando o problema se torna crônico, ocorre ressecamento dessas feridas levando à formação de crostas. Além disso, há um considerável aumento da espessura da pele na região.
O eczema torna a pele mais seca, já que reduz a produção de óleo pelo tecido, levando a coceira. Até por isso, é muitas vezes confundido com outros distúrbios de pele.
Tais alterações podem ocorrer em qualquer parte do corpo. No entanto, são consideravelmente mais comuns nas mãos e no rosto, causando também prejuízos estéticos aos acometidos.
Atualmente, a patologia é considerada uma desordem genética, tendo um importante fator hereditário já relacionado. Apesar do temor produzido pelas alterações cutâneas, não é contagiosa.
Tipos
Exitem diversos tipos de eczema, abaixo listamos os 5 mais comum.
Segundo sua causa, o distúrbio pode ser:
Eczema de contato ou dermatite de contato
Sem dúvidas o mais comum, acontece quando o corpo reage de maneira inesperada a alguma substância ou produto que entra em contato com a pele.
Neste caso, tal alérgeno, ou seja, a substância responsável pelo problema, estimula uma resposta do sistema imune, responsável pela proteção do corpo contra agressores e invasores. O eczema seria uma consequência deste processo, que tem como finalidade, proteção.
Acontece que nem sempre esses produtos são realmente danosos, muitos deles são apenas interpretados como prejudiciais e, por isso, acabam acarretando o distúrbio.
Eczema atópico ou dermatite atópica
Deste também você já deve ter ouvido falar. O eczema atópico atinge principalmente o rosto e as regiões de dobras. Além disso, é muito comumente associado à asma e à rinite. A combinação entre alterações cutâneas e coceira é uma das marcas deste tipo.
A doença é significativamente mais comum em crianças, em especial nos primeiros meses de vida.
Pacientes que já passaram por alguma crise de dermatite atópica tendem a viver outros surtos ao longo de toda a vida.
Eczema numular
Esta condição é caracterizada por lesões arredondadas, simétricas, avermelhadas e pruriginosas.
Sua causa ainda é desconhecida, no entanto, a doença aparece frequentemente associada ao ressecamento da pele.
Seus sintomas podem surgir em qualquer parte do corpo, e devido às suas similaridades, o quadro é muitas vezes diagnosticado como eczema atópico.
Eczema de estase
Este tipo de eczema atinge principalmente as pernas e surge de maneira simétrica. Geralmente tem relação com a má nutrição devido a algum problema circulatório.
Eczema disidrósico
Assim como o anterior, o eczema disidrósico aparece em regiões específicas do corpo. Neste caso, as mãos e os pés são os principais acometidos.
Na maioria das vezes, a doença tem sua origem em algum tipo de micose, que leva a formação de bolhas, além de outros sintomas alérgicos como vermelhidão e coceira.
Nem sempre é possível diagnosticar a causa exata do problema.
Farmacodermia eczematosa
A farmacodermia eczematosa é uma reação de pele a medicações. Ocorre quando o indivíduo ingere algum fármaco que, por algum motivo, desencadeia uma reação inadequada do sistema imunológico do corpo.
Sintomas do eczema
Conhecer os sintomas do eczema é essencial. Em geral, o diagnóstico é predominante clínico, baseado na sintomatologia apresentada.
As grandes marcas do distúrbio são lesões avermelhadas, bolhas e crostas em sua fase crônica.
O quadro varia muito de acordo com o tipo de condição presente, e o seu estágio. Veja abaixo os principais sintomas relacionados:
- Vermelhidão
- Pele mais clara ou escura que o seu tom normal
- Bolhas
- Descamação
- Coceira
- Crostas
- Inchaço
- Feridas
- Pele seca
Para diferenciar a doença em seus tipos, são geralmente avaliados além dos sintomas, a localização das alterações. Em geral, as zonas mais acometidas pelo eczema são:
- Rosto
- Mãos
- Pés
- Cotovelos
- Atrás dos joelhos
- Virilha
- Pescoço
- Costas
- Peito
Causas do eczema
É difícil dizer quais são as causas do eczema, em especial devido às muitas variações da doença.
Conforme vimos anteriormente, um fator genético já foi comprovado. No entanto, nem todas as pessoas que possuem histórico familiar para a condição irão desenvolver o problema, o que aponta ainda para uma importante interferência ambiental, como é o caso da dermatite de contato, por exemplo.
Vamos entender melhor quais são os fatores relacionados.
Pele seca
O ressecamento da pele torna o tecido mais sensível e irritável, deixando-a mais vulnerável a este tipo de problema, principalmente se o caso tiver associado ao mau funcionamento do sistema imune.
Fatores Genéticos
Sabe-se que a doença possui um fator hereditário, em especial o eczema atópico. Além disso, estudos demonstram uma possível correlação entre os genes desta doença e os da asma e da rinite alérgica.
Contudo, nem todas as pessoas predispostas geneticamente irão desenvolver a doença ou mesmo a combinação citada, o que quer dizer que mesmo tendo histórico para o eczema, é possível afastar a condição.
Mais adianta compartilharemos algumas dicas de prevenção.
Fatores Ambientais
Os fatores ambientais, combinados às duas questões apresentadas anteriormente, são responsáveis por desencadear o eczema.
No que diz respeito a causas externas, podemos citar:
- Mudanças de temperatura
- Baixa umidade do ar
- Tecidos, como lycra e poliéster
- Látex
- Suor
- Bactérias e fungos
Cada caso é único e deve ser investigado com cautela, já que após diagnóstico, o indivíduo deverá manter distância do agente desencadeador do quadro para prevenir novas crises.
Diagnóstico de eczema
Ainda não há uma cura 100% eficaz para todos os tipos de eczema.
Geralmente, os pacientes diagnosticados precisam encontrar formas de conviver bem com o problema após o seu diagnóstico.
O responsável por identificar e tratar este tipo de doença é o dermatologista, especialista em pele e conhecedor em profundidade deste órgão tão complexo.
Portanto, é este o médico que você deverá procurar caso surjam os sintomas apresentados ao longo deste artigo.
Durante a consulta, descreva todos os sintomas e relate ao especialista há quanto tempo eles começaram a aparecer.
Caso tenha tentado algum tratamento caseiro, não deixe de compartilhar qual e quais foram os resultados obtidos.
Além disso, na anamnese, o médico irá lhe perguntar sobre sue histórico familiar, se você possui alguma doença crônica, quais são seus hábitos e vícios e provavelmente qual a sua profissão.
São informações importantes e úteis a um maior conhecimento do caso.
Podem ser feitas ainda outras perguntas, como:
- Você já teve algum problema similar anteriormente?
- Tais sintomas são contínuos ou periódicos?
- Existem fatores de melhora ou piora?
- Em sua família, há histórico de dermatite, asma ou alergias?
- Você entrou em contato com algum produto estranho recentemente?
- A condição tem atrapalhado no seu dia a dia?
Cada especialista conduzirá a consulta de uma maneira. Em geral, o objetivo é colher o máximo possível de informações.
Aproveite este momento para tirar as suas dúvidas. Com certeza, o especialista é a pessoa certa para respondê-las. O ideal é que você saia da consulta sabendo exatamente com que esta lidando e o que fazer para se proteger de possíveis complicações.
Adicionalmente a anamnese, o médico fará um exame físico completo, além de uma inspeção detalhada das regiões alteradas pelo eczema, como vimos, é preciso identificar suas causas e classificá-lo segundo seus tipos.
Não existem exames específicos para esta condição. Testes complementares são pedidos apenas em casos mais complexos. Nestes casos, geralmente é indicada a biópsia da pele.
Tratamento
Após o diagnóstico do distúrbio e do seu tipo, o dermatologista irá recomendar o tratamento adequado para o seu caso.
Apesar de inicialmente ser um problema simples, o eczema pode desenvolver uma série de complicações se não tratado de maneira adequada.
Um estudo publicado pelo Journal of American Academy of Dermatology, avaliou as principais consequências do agravamento do quadro: 55% dos pacientes sofriam insônia, 77% se tornaram improdutivos e 51% desenvolveram depressão e ansiedade.
Sem dúvida,s o tratamento é essencial, e ele se inicia com medidas bem simples, como a hidratação da pele, a primeira em nossa lista.
Hidratação da pele
A hidratação é essencial à saúde do tecido cutâneo, e além de mantê-lo sempre belo, previne uma série de reações adversas.
O ideal é que seja feita logo após o banho, pois ajuda na manutenção da umidade sobre a pele. A aplicação deve ser realizada diariamente, sempre utilizando produto recomendado para o seu tipo de pele em específico.
Um hábito simples, mas que faz toda a diferença, controla a irritação, reduz a coceira e previne o agravamento da condição.
Medicamentos
Os quadros de moderados a graves precisam ser tratados com medicamentos. Geralmente são prescritos anti-histamínicos por via oral, que modulam o processo inflamatório controlando os sintomas do eczema.
Em geral, o uso de medicamentos deve ser feito estritamente sob prescrição médica. A automedicação é contraindicada, pois pode ser prejudicial à saúde.
Pomadas
As pomadas são muito utilizadas no tratamento do eczema, em especial aquelas que contém cortisona ou esteroide em sua composição.
Alguns cremes também podem ser indicados, neste caso a escolha depende do tipo de pele do indivíduo tratado.
Dentre os medicamentos tópicos mais utilizados, podemos citar:
- Acetato de dexametasona
- Asmofen
- Androcortil
- Betametasona
- Benevat
- Berlison
- Betametasona + Ácido Salicílico
- Betametasona + Sulfato de Gentamicina
- Cetoconazol + Betametasona
- Cetoconazol + Betametasona + Neomicina
- Clotrimazol Dexametasona
- Cefanaxil
- Clocef
- Decadron
- Dexametasona
- Dexclorfeniramina
- Diprogenta
- Hidrocortisona
- Hincomox
- Loratadina
- Maleato de dexclorfeniramina
- Meticorten
- Nebacetin
- Novacort
- Prednisona
Da mesma forma que os medicamentos orais, tais fármacos devem ser utilizados conforme prescrição médica.
Fototerapia
A fototerapia é indicada para casos mais graves, geralmente quando outras formas de tratamento não foram efetivas, pois este tipo de procedimento, representa uma maior probabilidade de efeitos colaterais, o que inclui um maior risco para câncer.
Quando realizada adequadamente, a terapia oferece muitos benefícios à saúde.
O tratamento é realizado por meio de aparelhos capazes de emitir luz. A interação entre o laser e os tecidos biológicos gera diversos efeitos positivos, dentre eles, redução da inflamação, aumento da circulação e estímulo a recuperação celular.
Imunobiológicos
Bem como a fototerapia, os imunobiológicos são indicados para casos mais avançados de eczema. O tratamento atua diretamente contra a inflamação, agindo sobre imunoglobulinas e interleucinas.
Prevenção de eczema
Como vimos, existem diferentes fatores que podem desencadear o eczema. Também falamos sobre a combinação entre causas ambientais, genéticas e a condição da pele. Partindo disso, sugeriremos a seguir algumas dicas de prevenção.
Mesmo que você tenha predisposição ao distúrbio, tais mudanças podem afastar a probabilidade de uma crise.
- Mantenha a pele sempre bem hidratada
- Evite banhos muito quentes ou muito longos, pois eles retiram a oleosidade da pele
- Use protetor solar diariamente e faça reposições a cada duas horas
- Use cosméticos específicos para o seu tipo de pele
- Evite alimentos alérgenos ou muito temperados e apimentados
- Controle o estresse, procure combinar momentos de lazer e períodos de trabalho
- Utilize roupas frescas, que permitam que a transpiração evapore
- Prefira roupas pouca alergizantes, como as feitas com tecido de seda e algodão
- Evite entrar em contato com químicos fortes
- Prefira sabonetes neutros
- Cuidado com as picadas de mosquitos e evite coçá-las
- Beba muita água e alimente-se bem
- Em caso de alterações cutâneas, consulte um dermatologista de sua confiança
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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