Determinadas patologias podem apresentar uma dupla dor de cabeça. Primeiro a doença propriamente dita e segundo algumas lesões que se manifestam na pele. Na maioria dos casos são resultado da hiperpigmentação epitelial por trauma, alterações hormonais, entre outros distúrbios.
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No post de hoje vamos listar algumas doenças que causam manchas de pele, os principais tratamentos e quando procurar um dermatologista.
Diabetes
A diabetes pode gerar manchas escuras em regiões onde há pequenas dobras de pele, como pescoço, axilas, costas e barriga. É uma alteração da pigmentação da pele conhecida como Acantose Nigricans.
Está associada principalmente a problemas hormonais como um indicativo do organismo quanto a resistência à insulina.
Geralmente, se tratar a diabetes, as manchas somem, no entanto, existem terapias específicas, como laser, pomadas, cremes, microagulhamento, dermocosméticos, entre outras.
Psoríase
A psoríase é uma doença inflamatória e crônica não contagiosa manifestada por meio de manchas vermelhas ou rosadas na pele. As lesões apresentam aspecto escamoso e esbranquiçado, além de coçar bastante. Afeta principalmente pessoas acima dos 30 anos em locais como joelhos, cotovelos, antebraço, mãos e couro cabeludo.
A causa ainda é desconhecida, no entanto, os médicos acreditam que seja uma predisposição familiar que não é necessariamente transmitida aos descendentes.
O tratamento envolve anti-inflamatórios tópicos e dieta alimentar, uma vez que determinados alimentos como industrializados e comidas gordurosas podem funcionar como catalisadores.
Dermatite de contato
São inflamações que surgem na pele com tonalidade avermelhada, podendo apresentar descamação e bolhas vermelhas. Ocorre quando uma substância considerada tóxica pelo organismo entra em contato com a pele, causando dor e coceira. Em alguns casos pode alterar a composição do sebo epitelial.
Algumas substâncias são extremamente irritantes, capazes de causar alterações poucos minutos após o contato. Outras já exigem uma exposição mais prolongada. Entre as substâncias causadoras das manchas estão:
- Ácidos;
- Solventes (comumente encontrados em removedores de tintas, esmaltes e na acetona) nos removedores de esmalte);
- São e detergente;
- Determinadas plantas;
- Líquidos corporais (como urina e saliva).
Geralmente as manchas somem com algumas horas ou dias após o paciente apresentar a reação e deixar de se expor ao agente causador. Podem ser receitados corticosteroides e anti-histamínicos (para aliviar a coceira).
Rosácea
A rosácea é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente o centro da face. Manifesta-se como manchas vermelhas, inchadas, com bolhas e telangiectasias (pequenos vasos dilatados à superfície da pele). É comumente confundida com acne, mas são condições diferentes.
Atinge principalmente adultos de tons de pele mais claros, acima dos 30 anos. Acomete pessoas de ambos os sexos, no entanto, é mais comum em mulheres, o que pode denotar alguma relação de seu agravamento com os hormônios femininos.
A causa ainda é desconhecida, porém, acredita-se que alguns agentes funcionam como catalisadores, como luz solar, anomalias no sistema imunológico, hiper-reactividade vascular, reações inflamatórias exageradas do sistema imunológico e ingestão de determinados alimentos.
Não há uma cura, mas tratamento que minimiza os sintomas, como sabonetes especiais, hidratantes neutros, pomadas (Metronidazol, o Ácido Azelaico ou a Ivermectina) e medicamentos orais (Doxiciclina, a Minociclina ou a Azitromicina). ;
Micose
As micoses são doenças causadas por fungos que também geram coceira, descamação da pele e vermelhidão. As manchas geralmente são grandes com forma bem limitada. É mais frequente no verão, quando o calor e o suor criam o ambiente ideal para a proliferação de fungos na pele.
O tratamento costuma ser feito com antibióticos e remédios antifúngicos.
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Hanseníase
As manchas de hanseníase são causadas pela bactéria Mycobacterium leprae, podendo acometer qualquer pessoa. Trata-se de uma infecção crônica que se manifesta por meio de manchas de coloração vermelha ou rosada na pele, olhos e nariz. No local afetado há perda da sensibilidade e força muscular.
A maior parte das pessoas tem resistência à bactéria, no entanto, determinadas condições podem viabilizar seu surgimento. Quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores são as chances de interromper a transmissão e evitar complicações.
O tratamento é chamado de poliquimioterapia. É feito via oral com comprimidos distribuídos gratuitamente nas unidades de saúde.
Rubéola
As manchas causadas pela rubéola são avermelhadas, pequenas e um pouco mais elevadas em relação à pele normal. Surgem inicialmente na face e atrás das orelhas e podem se espalhar por todo o corpo.
Trata-se de uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus Togavírus. Seu contágio acontece pelas vias respiratórias quando a pessoa aspira gotículas de saliva ou secreção nasal.
Além das manchas, a rubéola causa dores na cabeça, no corpo e ao engolir, coriza, ínguas e febre.
O tratamento inclui antitérmicos e analgésicos para reduzir o desconforto, aliviar as dores e baixar a febre. Se as manchas cicatrizarem e deixarem marcas será necessário recorrer ao uso de pomadas, cremes ou procedimentos estéticos como laser e peeling
Sarampo
O sarampo é causado pelo vírus da família Paramyxoviridae. Seus sintomas são febre, tosse, coriza, conjuntivite e as manchas avermelhadas que surgem no couro cabeludo e em seguida em outras partes do corpo, como costas, dorso e membros.
O tratamento indicado é o repouso, hidratação e medicamentos para controlar as dores e febre. Se as manchas persistirem mesmo com a cicatrização será necessário recorrer inicialmente a cremes clareadores ou tratamentos como peeling, laserterapia ou dermoabrasão.
Zika vírus
Ao ser infectado pelo zika vírus, o paciente costuma apresentar pequenas manchas avermelhadas na pele. Geralmente vem acompanhadas de coceira e hipersensibilidade. Tratando a doença, as manchas costumam desaparecer, mas assim como outras doenças pode deixar marcas, que podem ser tratadas com agentes tópicos (cremes e pomadas).
Covid
A infecção pelo Coronavírus também pode se manifestar na forma de lesões avermelhadas com ou sem bolinhas, manchas no tronco em formato de moeda com centro claro, lesões semelhantes a da catapora que se rompem como uma crosta ou casquinha. Podem coçar ou não, dependendo da manifestação.
Geralmente ao tratar a doença, as manchas vão embora, mas podem ficar suas cicatrizes. De modo geral, o tratamento é feito com cremes hidratantes e clareadores.
Independente da mancha e sua manifestação em seu organismo é fundamental procurar o dermatologista para o diagnóstico preciso. Esse profissional é o mais indicado para identificar a natureza das manchas, o melhor tratamento e fazer o acompanhamento do paciente.
Portanto, evite automedicação, ela pode não ter o efeito desejado e ainda aumentar o problema. Ao notar qualquer sinal ou mancha no corpo, consulte o dermatologista.
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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