As manchas de melasma são crônicas, com coloração que varia entre o marrom e o acinzentado. Surgem em diferentes fases da vida e são mais comuns em mulheres. Não é um problema que venha a gerar outras doenças ou afetar a saúde da pessoa, contudo, é recomendado o tratamento quando causa desconforto estético.
O melasma é uma condição que muitas vezes surge com gatilhos, geralmente uso de anticoncepcionais, menopausa, mudanças hormonais repentinas, gravidez ou exposição solar. Os cremes para melasma atuam tanto na inibição desses fatores desencadeantes, quanto na contenção da hiperprodução de melanina, causa das manchas.
Leia mais sobre o melasma e suas principais causas.
Continue lendo o post, conheça os princípios ativos das opções de creme para melasma disponíveis nas farmácias e como eles agem. Boa leitura!
Retinoides
Os mais comuns são a tretinoína e o tazaroteno.
A tretinoína tópica (disponível em creme e gel) é um agente muito usado no tratamento de hiperpigmentação e fotoenvelhecimento cutâneo, proporcionando a melhora em manchas de melasma. Pode ser usada em pacientes adultos e crianças a partir dos 12 anos, com a supervisão do dermatologista.
É formulado a partir da vitamina A, cuja função é estimular a produção de colágeno novo. Com isso, proporciona a renovação celular no local, assim novas células sem a hiperpigmentação nascem, dando à pele um novo aspecto, mais claro e jovial.
Também melhora a textura da pele, controla a oleosidade, reduz a aparência de poros, linhas finas, ajuda no tratamento de espinhas, cicatrizes de acne, estria, entre outras marcas do tempo e da exposição solar.
Já o tazaroteno é comumente usado no tratamento de várias dermatites, como acne, psoríase, além de manchas causadas pelo fotoenvelhecimento e cicatrizes. Trata-se de um retinoide tópico de prescrição, disponível em creme ou gel.
Age ligando-se aos receptores de ácido retinoico presentes no organismo (RAR), de modo a modificar sua expressão genética. O resultado é a renovação celular no local de aplicação, melhorando o aspecto da pele como um todo.
Está disponível em concentrações de 0,05% e 0,1%, sendo administrado inicialmente a concentração de 0,05% para avaliar a resposta da pele, bem como sua tolerância antes de prosseguir com a concentração de 0,1%, se necessário.
Hidroquinona
A hidroquinona é o agente mais comum para o tratamento do melasma. Geralmente está disponível em concentrações de 40 mg ou 30 g. É utilizada no tratamento de melasmas, melanoses solares, sardas, entre outras condições em que ocorre a hiperpigmentação cutânea devido à produção em excesso de melanina.
A hidroquinona atua como um substrato alternativo da enzima tirosinase, apresentando efeito inibitório da tirosina. Dessa forma, ao aplicar o creme, ocorre a interrupção da formação da melanina no local e subsequente o clareamento da pele.
Os cremes contendo hidroquinona apresentam em sua fórmula também outros agentes que atuam como filtro solares como benzofenona, octil metoxicinamato e salicilato de octila. Sua função é prevenir a repigmentação da pele tratada.
Hidrocortisona (Corticóides)
A hidrocortisona, alinhada a outros corticoides como a dexametasona também são utilizados no tratamento de melasma. O creme é utilizado no tratamento de irritações, alergias, inflamações e manchas na pele por sua ação anti-inflamatória. Também é usado em dermatites e na cicatrização de queimaduras.
O agente principal é o acetato de hidrocortisona, e logo após a primeira aplicação já é possível notar efeitos positivos na região. O composto deprime a formação e a atividade de mediadores endógenos, promovendo a renovação celular e o clareamento das manchas.
Ácido hialurônico
Presente em tratamentos de peeling químico, cremes, pomadas e géis, o ácido hialurônico pode ser usado como terapia auxiliar ao tratamento de melasma ou quando as manchas são superficiais. Apesar de ser um ácido, ele já é produzido naturalmente pelo organismo humano para manter a pele hidratada e com boa elasticidade.
Quando aplicado sobre as manchas de melasma, o ácido hialurônico age como um catalisador para a renovação das células pigmentadas, dessa forma uma nova camada “nasce”, sem a condição. Além disso, promove o rejuvenescimento da pele, melhorando sua elasticidade, tônus e mantendo-a hidratada por mais tempo.
Ácido glicólico
O ácido glicólico é um dos alfa-hidroxiácidos mais usados na indústria de cuidados com a pele na forma de creme e gel. Age em conjunto com outros de sua família como o ácido málico, penetrando na pele para gerar o efeito esfoliante sem causar danos.
A tarefa desse agente é dissolver as ligações que mantêm as células da pele unidas, permitindo que as células com as manchas se desprendam com maior rapidez do que fariam sozinhas. Essa renovação vem acompanhada de uma maior produção de colágeno, o que melhora o aspecto da pele.
Ácido azeláico
Outro ácido utilizado no tratamento de melasma é o ácido azeláico, substância natural, retirada do trigo, centeio e cevada. É bastante administrado no tratamento de manchas de pele, ocasionadas pela exposição excessiva à luz solar sem proteção ou pela ação de desordens cutâneas, ou radicais livres.
O creme dermocosmético age sobre os melanócitos, inibindo a ação da tirosinase, enzima presente na produção da melanina. Também apresenta ação antibactericida, desobstrui poros fechados e auxilia no rejuvenescimento da pele.
Ácido Kójico
Comumente usado com outros componentes como o ácido salicílico, o ácido kójico vem do cogumelo koji e já é amplamente empregado na indústria cosmética, anestésicos locais, antibióticos, etc.
É um forte agente despigmentante de origem natural. Age de diversas formas na inibição e interferência na biossíntese da melanina. Diferente de outros agentes como a hidroquinona, o ácido kójico não é sensível à luz ou causa alergia.
É utilizado em cremes em concentrações de 1% a 4% juntamente com outros ácidos que causam o efeito esfoliante na pele. Por isso é usado também para redução de cicatrizes, manchas e rejuvenescimento.
Niacinamida
A niacinamida é uma vitamina comumente chamada de Nicotinamida e Vitamina B3. Age na hidratação da pele e na redução da hiperpigmentação das manchas, atuando na inibição dos melanossomos dos melanócitos na epiderme.
O creme é geralmente usado na prevenção do retorno das manchas, além de proporcionar uma série de benefícios, sobretudo quando associado a outros agentes. Retarda o envelhecimento, aumenta a hidratação e tônus da pele, combatendo os radicais livres.
Também pode ajudar a melhorar o tom, a textura e os níveis de umidade da pele, além de reduzir manchas, vermelhidão e pigmentação. Além disso, a niacinamida pode ajudar a reduzir a inflamação, o que é benéfico para problemas de pele como acne e rosácea.
Quais cuidados para prevenir o melasma?
O melasma comumente pode retornar, por isso é importante ter cuidados básicos para evitar o seu aparecimento e retorno. São eles:
- Evitar a exposição solar prolongada, sobretudo entre às 10 da manhã e 16 horas;
- Se precisar sair durante o dia, utilizar protetor solar com fator de proteção de 30 FPS ou superior, além de óculos escuros, chapéu e guarda-sol;
- Higienizar a pele com dermocosméticos e outros produtos indicados para a limpeza do seu tipo de pele;
- Fazer uso de antioxidantes (vitaminas C e E), seja em cremes ou alimentos. Eles são ótimos para reduzir os danos causados pelos raios solares;
- Manter a pele sempre hidratada para cuidar da sua saúde e ajudar na restauração de sua barreira lipídica;
- Ao fazer uso de anticoncepcionais, consultar o médico para avaliar se a composição pode gerar melasma.
Vale ressaltar que os cremes para melasma apresentados somente devem ser usados com prescrição do dermatologista. Apenas esse profissional pode diagnosticar, indicar o tratamento adequado e fazer o acompanhamento do melasma, de outras condições da pele e dermatites.
Ao notar manchas ou sinais, sejam eles sensíveis ou não ao toque, procure um médico para avaliar a condição. O melasma não é uma doença perigosa, mas é um indicativo de que algo não está bem, por isso exige atenção.
Clínica localizada na região dos Jardins em São Paulo
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Dra. Juliana Toma
Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).
Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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