Como tirar manchas do rosto

Independente do tipo de mancha, é fundamental evitar receitas caseiras, pois elas podem agravar o problema e tornar o clareamento ainda mais difícil. O primeiro passo é buscar um dermatologista para avaliar a natureza da mancha e a partir daí definir o seu tratamento.

Continue a leitura e descubra como tirar manchas do rosto. 

Quais as principais manchas do rosto?

Antes de tudo, é bom se atentar ao tipo de mancha, bem como sua gravidade. Entre as mais comuns, podemos listar:

Manchas senis – São manchas escuras que surgem com a idade, geralmente após os 40, mas podem vir antes dependendo dos hábitos da pessoa. Suas causas vão desde a exposição solar a disfunção hormonal, que aceleram o fotoenvelhecimento.
1 2

Como tirar manchas do rosto

Em geral, manchas mais recentes são mais fáceis de serem tratadas. Já aquelas que estão a mais tempo podem exigir um pouco mais de atenção. Independente do tempo de ação, é importante identificar a causa e a partir daí definir as terapias mais interessantes para cada caso. 

Veja quais os tratamentos mais eficazes:

Dermocosméticos

Os dermocosméticos são os produtos vendidos em farmácias e lojas especializadas em estética. Apesar da facilidade em adquiri-los, é importante que só sejam administrados com orientação médica. Entre eles podemos ressaltar a ação dos seguintes agentes:

Tretinoína 

É o ácido retinoico, derivado da vitamina A. É comumente empregado em cremes para reduzir manchas, tratar acne ou suavizar linhas de expressão. Estimula a formação de colágeno novo, gerando camadas de pele renovadas e sem manchas. 

Hidroquinona 

É um agente tópico na forma de cremes e pomadas que age inibindo a ação da enzima tirosinase, a fim de reduzir a produção de melanina na região aplicada. Em segundo plano modifica a estrutura dos melanócitos para acelerar a degradação dos melanossomas que produzem melanina em excesso. 

Ácido kójico 

Promove a renovação celular impedindo a produção de melanina e a ação de agentes externos como bactérias que podem causar o escurecimento da pele. O ácido kójico promove a descamação suave da epiderme e estimula a produção de novas camadas. 

Ácido tranexâmico

O ácido tranexâmico age como anti-inflamatório em determinadas manchas de pele. Também inibe a melanina por meio da redução da atividade da enzima tirosinase.

Peeling 

O peeling pode ser químico ou físico. Os químicos utilizam ácidos, como o retinoico ou glicólico, enquanto os físicos, também chamados de peeling de cristal e diamante, utilizam lixas. 

Ambos têm a mesma finalidade: realizar a esfoliação das camadas mais superficiais da pele, de modo a devolver seu tônus, regenerá-la e retirar as manchas. 

Laser 

O laser é indicado para diferentes tipos de manchas, rugas e cicatrizes. Existem diferentes tipos, como o fracionado, Q-Switched,  Yag de Pulso Longo, entre outros. O objetivo é semelhante em todos eles: atingir os melanócitos e uniformizar os tons de pele. 

A vantagem desse tratamento é que ele também estimula a produção de colágeno e elastina, o que melhora o aspecto da pele em geral. 

Luz pulsada

A luz pulsada é parecida com o laser. O que muda é o comprimento de onda, mas os resultados são bem parecidos. O feixe de luz emitido pelo aparelho quebra as células com hiperpigmentação, as quais são eliminadas no sistema linfático. 

Como o feixe é direcionado ao pigmento, não traz nenhum desconforto ou problemas às regiões ao seu redor. 

Microagulhamento

O procedimento utiliza um aparelho especial, composto por micro cânulas (agulhas) que causam furos muito pequenos na região com manchas. Essas cânulas podem estar ou não preenchidas por ativos que promovem o clareamento direto, bem como a produção de colágeno novo, o que melhora o aspecto da pele. 

Fotoproteção 

Em alguns casos como o melasma, apenas a mudança de hábitos pode melhorar o aspecto das manchas. O mais importante deles é a fotoproteção, realizada com medidas do cotidiano que evitam que os raios UV possam trazer maiores danos à pele, são eles:

  • Usar de filtro solar com fator de proteção superior ao 30 FPS;
  • Evitar a exposição ao sol nos horários de maior incidência de luz (entre as 10 da manhã e 4 da tarde;
  • Usar de roupas de fibras naturais em dias quentes;
  • Usar óculos de sol e chapéu quando for se expor ao sol.

Por fim, evite quaisquer receitas caseiras, sobretudo aquelas que levam limão, água oxigenada, entre outros produtos sem eficácia comprovada. Vale ressaltar que cada caso exige a atenção de um profissional capacitado, que vai orientar o paciente e tirar todas as dúvidas antes, durante e depois do tratamento.

Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

Deixe o seu comentário