Coceira nas mãos – o que pode ser

Coceira nas mãos ou comichão nas mãos é algo que não pode ser negligenciado, afinal de contas é muito importante identificar a causa desse sintoma.

Geralmente, essa coceira se dá pelo contato com alguma substância considerada como invasora ou a pele seca. Nos casos mais graves, a coceira é o sintoma inicial de condições como urticária ou psoríase. Continue lendo o post, entenda quais as principais causas da coceira nas mãos e o que fazer. Acompanhe!

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Pele seca

O motivo mais simples da coceira nas mãos é o ressecamento da pele. As causas podem ser o clima frio e os banhos quentes demorados. Esses fatores reduzem a oleosidade natural da pele, deixando-a mais seca e suscetível a agentes externos. 

A boa notícia é que a solução também é simples e inclui o uso de hidratantes nas mãos com ativos como ureia, óleos vegetais, silicone, entre outros que hidratam e protegem a pele. 

Dermatite

Um dos motivos da coceira nas mãos pé a dermatite de contato. Trata-se de uma reação do sistema imunológico a alguma substância que teve contato com a pele e o organismo reconheceu como invasora. A partir daí a pele se torna sensível àquela substância. 

Essa sensibilidade pode surgir com apenas uma exposição ou após muitas exposições. Quando o organismo reage ao agente, causa a coceira num prazo de 4 a 24 horas. Em casos mais raros, a coceira só começa após 3 ou 4 dias, o que torna a identificação da substância mais difícil. 

Além da coceira, a dermatite vem acompanhada de inflamação, que geralmente se mantém limitada a uma pequena área. Pode apresentar coloração avermelhada e bordas bem definidas. 

As substâncias mais comuns que causam a dermatite são:

  • Ácidos
  • Álcalis 
  • Metais
  • Solventes 
  • Sabão e detergente
  • Borracha
  • Perfumes 
  • Certas plantas (como poinsétias e pimentas)
  • Líquidos corporais (como urina e saliva)

A identificação da causa da dermatite nem sempre é algo simples. O dermatologista vai avaliar os hábitos do paciente, bem como seu histórico médico para identificar qual o possível catalisador da dermatite. 

Muitas pessoas não têm consciência de todas as substâncias que tocam, dessa forma, o médico vai avaliar a natureza das lesões, sua localização e padrão cutâneo para encontrar a possível substância. 

O tratamento vai depender do grau dos sintomas e da substância catalisadora. Inicialmente basta lavar bem as mãos, no entanto, se os sintomas persistirem será receitado algum creme ou pomada com corticoides ou anti-histamínico (antialérgico).

Não há cura, mas o paciente pode controlar a dermatite ao se distanciar da substância catalisadora. Com o tempo, o próprio organismo pode deixar de reconhecê-la como um invasor e o paciente parar de apresentar qualquer reação. 

Urticária

A urticária é um tipo de irritação de pele que se caracteriza por lesões vermelhas levemente inchadas acompanhadas de vergões e que coçam muito. As regiões mais atingidas são mãos e braços, embora as lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, isoladas ou formando grandes placas avermelhadas de formas variadas. 

O paciente pode apresentar surtos em qualquer momento com duração de horas. Após esse período, as lesões desaparecem de forma espontânea e sem deixar qualquer marca. 

A urticária é classificada como induzida, quando um fator externo desencadeia o surto (alimentos, drogas, infecção, dor, calor, frio, pressão, etc) ou espontânea, quando não é possível identificar a causa. 

Apesar de muitos estudos acerca da condição, os fatores internos relacionados ao desenvolvimento da urticária ainda são pouco compreendidos, visto que a maior parte dos surtos ocorre por mecanismos não alérgicos. O que se sabe é que as reações ocorrem por conta da liberação da histamina por parte do organismo, causando coceira, inchaço e vermelhidão. 

A urticária é classificada como aguda ou crônica, dependendo do tempo de ação dos sintomas. A aguda ocorre quando os sintomas desaparecem em menos de seis semanas. Já a crônica apresenta uma duração superior a seis semanas. 

Além da coceira, a urticária vem acompanhada de sensação de ardor e queimação na maioria dos casos. Além disso, também pode gerar inchaço em outras áreas do corpo como lábios, língua, pálpebras e garganta, o que exige acompanhamento médico com urgência. 

Os surtos de urticária são tratados principalmente com anti-histamínicos tópicos ou orais. Como o nome sugere, esses medicamentos inibem a ação da histamina, causadora das reações características. 

Psoríase 

A psoríase é uma doença autoimune, caracterizada pela inflamação da pele, coceira e formação de bolhas. Trata-se de uma condição causada pela resposta do organismo que ataca as células dermatológicas sem um motivo conhecido, causando lesões avermelhadas e descamativas, geralmente em placas. 

Não se sabe a razão da manifestação, mas acredita-se que o fator genético seja o principal responsável pelo surgimento das lesões, que acometem principalmente mãos, cotovelos e couro cabeludo. 

O diagnóstico também é clínico, mas se houver alguma dúvida o médico pode solicitar a biópsia para avaliar a natureza das lesões.

Não há uma cura, mas tratamento para aliviar a coceira, reduzir o incômodo causado pelas lesões e sua incidência. Os casos mais leves (cerca de 80%) são controlados com medicação tópica (anti-histamínicos e corticoides), hidratação da pele e exposição ao sol.

Colangite Biliar 

A Colangite Biliar Primária (CBP) também pode ser a responsável pela coceira nas mãos. Trata-se de uma doença autoimune caracterizada pela inflamação crônica dos ductos biliares do fígado. O resultado é o acúmulo da concentração de bile no organismo, o que leva ao mau funcionamento do fígado. 

Como resposta, a doença causa coceira e vermelhidão em diversas partes do corpo, sobretudo nas mãos e braços. Também vem acompanhada de cansaço e coloração amarelada na pele nos casos mais avançados.

É uma condição rara, que acomete principalmente as mulheres. Não se sabe a causa, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais podem contribuir para a reação do organismo. O diagnóstico é clínico, por meio de testes hepáticos e dosagem de auto anticorpos. 

Apesar de não haver cura, existe tratamento, que inclui corticoides, anti-histamínicos e quando a doença é identificada em estágio avançado, pode ser necessário o transplante hepático. 

Vale ressaltar que todos os medicamentos e tratamento devem ser usados apenas sob orientação e indicação do médico dermatologista. É importante seguir corretamente suas instruções e não interromper o tratamento antes do tempo para não piorar o quadro. 

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UM POUCO SOBRE A DRA.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP 156490 / RQE 65521

Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).

Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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