Surgiu uma mancha preta na unha e você não faz ideia do que se trata? Fique atento, principalmente se a mancha for crescendo com o tempo. Diversos problemas acometem as unhas das mãos ou dos pés e nem sempre estão associado a um trauma físico.
Acontece que quanto mais cedo os sintomas são relatados ao dermatologista, o médico que também é responsável pela saúde das unhas, mais fácil é identificar a causa do problema e maior chance de resposta ao tratamento.
No post de hoje vamos ajudá-lo a identificar esse problema, o que vai ajudar no seu relato quando for buscar ajuda profissional.
Mancha preta na unha pode ter diversas causas tais como trauma, micose, nevo melanocítico, melanona, doenças sistêmicas, dentre outras.
Veja quais são as principais causas de mancha preta na unha.
Hematoma
Uma das principais causas da mancha preta na unha é o trauma, geralmente doloroso. Ocorre quando algum objeto cai sobre o dedo ou por alguma compressão como fechar o dedo na porta, uso de calçados apertados, prática de esportes, entre outros traumas mecânicos.
Todos os traumas físicos ou mecânicos podem causar hematomas debaixo da unha, e como consequência há o surgimento de manchas escuras. Nesses casos, a mancha surge com uma coloração que vai do vermelho para o preto por conta da coagulação do sangue. Ela aumenta de tamanho rapidamente e muda de cor, o que pode deixar a unha totalmente preta.
Há duas situações que podem ocorrer: na primeira a unha cai e outra cresce no lugar, e na segunda a mancha desaparece em algumas semanas. Evite arrancar a unha com hematoma e não faça qualquer pressão para que ela caia antes do tempo.
Normalmente o dedo pode ficar dolorido por uns dias. Mas se a dor for muito intensa e não passar com analgésicos, pode ser necessário procurar o médico e realizar exames, como exemplo, a radiografia ou o ultrassom, para descartar fraturas ósseas, formação de coleções, dentre outros. Daí a necessidade de procurar o médico especialista.
Melanoníquia
Melanoníquia é uma faixa longitudinal da unha com coloração preta, marrom ou cinza. Pode ser resultado do aumento da produção de melanina na matriz ungueal, estrutura interna presente na base das unhas.
Também pode ser um sintoma secundário que gera a pigmentação produzida por lesões não melanocíticas. Muitas vezes por conta de outras condições que afetam as unhas como onicomicoses, infecções bacterianas como Pseudomonas aeruginosa, pigmentos exógenos decorrentes de medicamentos, gravidez, outras doenças que podem acometer as unhas como psoríase, liquen plano, verrugas.
Além disso, existe um fator racial muito importante e predisposição genética. Dessa forma, é muito comum observar melanoníquia em pessoas de pele escura. Os estudos mostram que mais de 90% dos afro descentes possuem uma ou mais faixas escuras nas unhas.
O tratamento vai depender da causa. Por exemplo, se a mancha foi provocada por uma onicomicose, o dermatologista vai indicar a terapia usual para esses casos. A grande questão aqui está em definir se há possibilidade de evolução para algo mais sério como melanoma subungueal.
Micose
A principal delas é a onicomicose, um tipo de infecção causada por fungos. São semelhantes a parasitas, pois se alimentam da proteína que formam as unhas, a queratina. As dos pés são geralmente as mais afetadas por conta do uso de calçados e ambientes úmidos.
Além das manchas, outros sintomas estão associados às onicomicoses. São eles:
- mudança na cor natural da unha, que se torna amarelada, esbranquiçada, opacas ou escura;
- descamação e descolamento da unha;
- espessamento da unha;
- múltiplas manchas brancas;
- as unhas ficam deformadas;
- incômodo ou dores nas unhas;
- maior fragilidade e unhas quebradiças.
O diagnóstico da onicomicose é clínico. Caso seja necessário, o médico pode solicitar exame micológico, cultura e histopatológico.
O tratamento varia conforme a extensão da infecção. Quando é superior a 50% ou em mais de uma unha, pode ser indicado a terapia tópica e oral, com cremes, esmaltes ou pomadas, associado aos comprimidos antifúngicos.
A duração média do tratamento é de um ano, mas pode perdurar por mais tempo, visto que depende também do crescimento natural das unhas. O tratamento não deve ser interrompido até a recomendação médica, pois mesmo que demonstre estar curada, ainda pode haver presença do fungo na unha.
Melanoma de unha
O melanoma de unha é raro. É caracterizado por uma mancha preta, marrom ou azulada vertical que aumenta com o passar do tempo.
Sua ocorrência é mais comum no polegar, no entanto, pode afetar qualquer unha, seja do pé ou mão, em pessoas com 50 a 70 anos.
Por ser comumente confundido com hematomas ou onicomicoses, o diagnóstico acaba sendo tardio, o que aumenta sua letalidade. Entretanto, quando descoberto nas fases iniciais, o melanoma de unha apresenta grande chance de cura.
Além da mancha vertical, outros sintomas estão associados ao melanoma de unha, como dor, sangramento próximo ao local da mancha, aparecimento de nódulos e deterioração da unha.
O diagnóstico começa com análise clínica, mas na suspeita, o médico solicita a biópsia da lesão.
O tratamento consiste em remover cirurgicamente todo tecido afetado.
Doenças sistêmicas
Uma doença sistêmica é uma doença que acomete mais de um órgão ou região do corpo.
Algumas dessas doenças sistêmicas também podem se manifestar nas unhas, percebidas através manchas e linhas verticais ou horizontais nas unhas. Entre eles, problemas renais, cardíacos, pulmonares, cirrose hepática e doença vascular periférica.
O tratamento da mancha está relacionado à estabilização da doença de bas, ou seja, ao tratar a doença, a coloração da unha volta ao normal.
Independente da possível causa, qualquer alteração nas unhas ou na pele, é preciso ficar atento e buscar ajuda médica. Além disso, se você teve algum hematoma na unha e está demorando muito para se curar, também é necessário se consultar.
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Dra. Juliana Toma
Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).
Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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