Porque o meu Botox dura pouco?

Porque o meu Botox dura pouco? A toxina botulínica, comercialmente chamada Botox tem um efeito temporário.

Em média, o tempo de ação dura entre 4 e 6 meses, ocorre que em algumas pessoas essa duração é menor que o esperado, enquanto em outras, pode durar bem mais do que esses seis meses. 

Os efeitos do Botox não desaparecem da noite para o dia. Esse processo costuma durar alguns meses e o paciente nota a redução de sua ação, conforme estabelece os movimentos no local da aplicação. 

Saiba mais sobre como funciona e quando é indicado o Botox.

Uma duração mais rápida é influência de uma série de fatores que nem sempre estão ligados a um procedimento ruim ou pouca substância aplicada. Entenda os motivos lendo o post. Acompanhe!

Como funciona o Botox?

A toxina bloqueia a liberação de um neurotransmissor, a acetilcolina, que traz a informação do cérebro para os músculos, dessa forma, ela paralisa os músculos da região em que foi aplicada, relaxando-os. Essa paralisação reduz rugas e demais marcas de expressão.

Ocorre que com o passar do tempo, novos terminais neurais se formam para suprir aquela região que ficou paralisada. Isso ocorre porque o organismo acredita que a toxina é um agente estranho e combate sua ação. 

Esse processo dura em média de 4 a 6 meses, exatamente o tempo de ação do Botox. Por isso, passado esse período, é recomendada uma nova aplicação ou o uso de uma nova técnica para reduzir os sinais do tempo.

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Por que meu Botox dura pouco?

Essa pergunta pode ser respondida das seguintes formas:

Resistência ao Botox

A resistência ao produto é a hipótese mais aceita para um efeito menos duradouro. Isso acontece porque a toxina é um agente externo e o organismo naturalmente vai combatê-lo. Há anticorpos que neutralizam a toxina de forma mais rápida do que o esperado. 

É algo raro, uma vez que o estímulo para a produção de anticorpos só ocorre com doses muito altas da toxina, as quais não são usadas nos tratamentos estéticos atuais. 

Se isso ocorrer, o ideal é conversar com o dermatologista para entender se o motivo foi uma dose insuficiente ou muito acima do habitual.

Mudanças na técnica

A técnica de aplicação do Botox foi se modificando ao longo de seus mais de 20 anos de uso estético. Antigamente era comum usar doses maiores do produto, que acabava deixando um efeito mais artificial e plastificado, o que não agravada muito os pacientes. 

Atualmente é usada uma quantidade menor para que o efeito seja o mais natural possível. Por outro lado, quando há menos substância no corpo, seus efeitos podem durar menos tempo. Dessa forma, é importante discutir com o profissional se você quer um efeito mais intenso ou suave. 

Uso de anti-inflamatórios e antibióticos

Anti-inflamatórios e antibióticos em geral podem reduzir o tempo de ação da toxina, principalmente se já estiverem agindo no organismo antes da aplicação. Por isso é recomendado que a pessoa que vai se submeter a aplicação, corte o uso de anti-inflamatórios.

Injeção anti-tetânica

A vacina de tétano combate a bactéria Clostridium botulinum, que é a responsável pelos efeitos do Botox. É claro que ela não é aplicada diretamente na pele humana. Antes disso, passa por um tratamento para não causar efeitos adversos, visto que é a mesma bactéria causadora do botulismo, um tipo de infecção alimentar.

Radiação solar

A exposição solar sem proteção e em excesso pode comprometer a duração dos efeitos do Botox. Isso porque a substância é muito sensível ao calor, portanto não exagere na exposição solar, utilize o protetor com fator superior a 30 FPS, óculos de sol e roupas de fibra natural.

Intensa atividade física 

Os exercícios físicos, de modo geral, fazem bem ao paciente, mas as expressões faciais durante as práticas podem comprometer a duração da toxina. As caretas durante um levantamento de peso contraem a musculatura, reduzindo a ação do Botox. O ideal aqui é tentar controlar as expressões não só durante os exercícios.

Agentes externos

Agentes externos como poluição, sujeira, uso excessivo de álcool ou tabaco também podem influenciar no tempo de ação do Botox. Daí a importância de manter hábitos saudáveis para o corpo e a pele. 

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Perguntas frequentes

Entre as dúvida mais frequentes sobre o tema, podemos destacar:

Devo esperar 6 meses para uma nova aplicação de Botox?

Não há necessidade de esperar tanto se já notou que precisa de uma nova aplicação, no entanto, isso deve ser resolvido com o profissional. É papel do dermatologista informar quando é necessário fazer novas aplicações ou mudar de tratamento. 

Em geral, não há problemas em fazer reaplicações a cada 3 meses, contudo, alguns médicos recomendam esperar um pouco mais, como 4 a 6 meses, assim os efeitos da aplicação anterior já seriam eliminados totalmente. 

 

Quando os efeitos são mais fortes?

O tempo de duração varia de acordo com as características pessoais do paciente, a exemplo de resistência dos músculos e como seus anticorpos vão reagir. Os efeitos do Botox costumam ser mais fortes no primeiro mês de aplicação e vão reduzindo gradativamente. 

 

Posso perder a sensibilidade do rosto neste período?

Não, dificilmente ocorre perda de sensibilidade ou outro efeito colateral sério. Atualmente é feita uma entrevista antes do procedimento para avaliar se o paciente pode apresentar alguma reação alérgica.

O Botox é perfeitamente seguro, desde que seja aplicado por um profissional especializado e em ambiente seguro, como o consultório dermatológico.

 

Leia também: Toxina botulínica – tudo o que você precisa saber sobre

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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